Desaparecidos

Campanha Desaparecidos
Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas

 

A Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, instituída pela Lei nº 13.812, de 16 de março de 2019, tem sido uma ferramenta essencial no enfrentamento do desaparecimento de pessoas no Brasil. Desde sua implementação, a Polícia Científica do Estado de Goiás tem desempenhado um papel crucial na busca ativa de familiares de pessoas desaparecidas, utilizando o Banco Nacional de Perfis Genéticos como um recurso indispensável.

Através da coleta e análise de perfis genéticos, a Polícia Científica de Goiás integra esforços com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, colaborando diretamente com as Autoridades Centrais e o Comitê Gestor para fortalecer a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. A atuação da Polícia Científica do Estado de Goiás, em conjunto com outras Polícias Científicas do país, exemplifica a integração e a cooperação necessárias entre diferentes órgãos, dentro e fora da segurança pública, para enfrentar esse desafio sensível e proporcionar respostas efetivas às famílias afetadas.

 

🧬 COLETA DE DNA DE FAMILIARES DE PESSOAS DESAPARECIDAS

 

A Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas é reforçada todos os anos no mês de agosto, mas se mantém ativa continuamente todos os dias do ano. A coleta de DNA de familiares é uma das principais ferramentas para localizar pessoas desaparecidas em todo o país. O material genético coletado permite o cruzamento de perfis com aqueles armazenados nos Bancos de Perfis Genéticos Estaduais, Distrital e Nacional, onde estão cadastrados perfis de pessoas encontradas vivas e falecidas que ainda não foram identificadas. Esse processo é fundamental para fornecer respostas às famílias e ajudar na solução de casos pendentes de desaparecimento.

Quem pode doar DNA? Preferencialmente, os familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida, como pai e mãe biológicos, filhos biológicos (e o outro genitor desses filhos), e irmãos biológicos (filhos do mesmo pai e da mesma mãe). Recomenda-se a coleta de amostras de pelo menos dois familiares para aumentar a precisão e a chance de identificação. Além disso, é importante que o material genético seja inédito, ou seja, que o familiar não tenha feito outra doação de DNA anteriormente.

Como participar? Procure o ponto de coleta mais próximo e leve seus documentos pessoais, além do Boletim de Ocorrência do desaparecimento. Caso possua, leve também objetos de uso exclusivo da pessoa desaparecida, como escova de dente, aparelho de barbear ou amostras como dente de leite e cordão umbilical, pois esses itens podem conter material genético valioso para a investigação.

 

Como é feita a coleta
Como é feita a coleta? Para coleta de DNA, o método é indolor. É utilizado um coletor com uma espécie de esponja (ou um suabe/cotonete estéril) para esfregar dentro da boca do familiar para coletar células descamadas da mucosa oral.

 

🧬 O QUE ACONTECE APÓS A COLETA DE DNA?

 

Após a coleta de DNA dos familiares de pessoas desaparecidas, um processo detalhado e rigoroso é iniciado para buscar uma correspondência genética. Primeiro, o perfil genético do doador é analisado e inserido nos bancos de dados locais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Esses bancos armazenam perfis de pessoas de identidade desconhecida, tanto vivas quanto falecidas, além dos perfis de familiares que buscam seus entes queridos. O sistema realiza comparações contínuas entre esses perfis, em busca de uma correspondência que possa revelar a identidade de uma pessoa desaparecida.

E os resultados? Quando o sistema encontra uma correspondência positiva, ou seja, quando o DNA de um familiar corresponde ao de uma pessoa cadastrada como desaparecida, os peritos responsáveis notificam imediatamente o delegado de polícia responsável pelo caso, bem como a instituição que fez a coleta do material genético. Se a pessoa for encontrada viva, a família será imediatamente informada. Caso seja identificada uma pessoa falecida, a instituição entra em contato com a família para realizar os procedimentos legais necessários.

E se a pessoa não for localizada? Mesmo que não haja uma correspondência imediata, o perfil genético do familiar permanece no banco de dados. Isso significa que a busca continua, e cada nova atualização nos bancos de perfis genéticos é uma nova oportunidade para identificar a pessoa desaparecida. O trabalho da Polícia Científica é contínuo, garantindo que a busca por respostas não seja interrompida.

 

Laboratório de DNA Forense
Laboratório de DNA Forense

 

📍 AQUI É UM PONTO DE COLETA

 

A Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas é realizada em todo o país, e Goiás conta com diversos pontos de coleta onde familiares de pessoas desaparecidas podem doar seu DNA. Essa doação é um ato de solidariedade e esperança, que pode ser crucial para a identificação de pessoas desaparecidas e para o alívio do sofrimento de inúmeras famílias.

Pontos de Coleta em Goiás:

Atendimento Geral:
Telefone: (62) 98140-4071 (whatsapp)
E-mail: lbdf@policiacientifica.go.gov.br

1. Goiânia
– Endereço: Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues. Avenida Engenheiro Atílio Correia Lima, 1223, Setor Cidade Jardim, Goiânia GO 74425-030
– Telefone para agendamento das coletas: (62) 98140-4071 (WhatsApp)

2. Aparecida de Goiânia
– Endereço: 1ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Aparecida de Goiânia. Rua 01, s/n, Vila São Joaquim, Aparecida de Goiânia GO 74910-440
– Telefone: (62)3280-0887

3. Cidade de Goiás
– Endereço: 2ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica da Cidade de Goiás. Avenida Dr. Deusdeth Ferreira de Moura, Quadra 08 Lote 11, Centro, Goiás GO 76600-000
– Telefone: (62) 3371-7320

4. Formosa
– Endereço: 3ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Formosa. Avenida Celso Caldeira Nunes, Quadra 92 Lotes 02 a 04, Parque Laguna II, Formosa GO 73814-110
– Telefone: (61)36312034 e (62) 95070971

5. Itumbiara
– Endereço: 4ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Itumbiara. Rua 23, 330, Setor Vale dos Buritis III, Itumbiara GO 75530-838
– Telefone: (64) 3431-7240

6. Caldas Novas
– Endereço: 4ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Caldas Novas. Rua U, Quadra 48 Lote 09, Setor Nova Vila, Caldas Novas GO 75681-662
– Telefone: (64) 3431-7240

7. Morrinhos
– Endereço: 4ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Morrinhos. Avenida Antônio Tito, Quadra 1, Lote 2, Morrinhos GO 75650-000
– Telefone: (64) 3413-2489

8. Rio Verde
– Endereço: 5ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Rio Verde. Rua 15-B, 89, Jardim Goiás, Rio Verde GO 75903-400
– Telefone: (64)3620-0915 e (64) 99218-2457

9. Quirinópolis
– Endereço: 5ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Quirinópolis. Avenida Vereador Júlio Borges, 50, Centro, Quirinópolis GO 75860-000
– Telefone: (64) 3641-4621

10. Ceres
– Endereço: 6ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Ceres. Rua 88, 150, Quadra A Lote Área, Bairro Bernardo Saião, Ceres GO 76300-000
– Telefone: (62) 3307-1359

11. Uruaçu
– Endereço: 7ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Uruaçu. Avenida Carioca, Quadra 07 Lote 03, Setor Novo Rio, Uruaçu GO 76400-000
– Telefone: (62) 3357-3880

12. Porangatu
– Endereço: 7ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Porangatu. Rua 22, Esquina com Rua 03, Setor do Lago, Porangatu GO 76550-000
– Telefone: (62) 3367-2154

13. Catalão
– Endereço: 8ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Catalão. Avenida Dr. Lamartine Pinto de Avelar, 1847, Loteamento Ipanema, Catalão GO 75705-220
– Telefone: (64) 3441-1630 e (64) 3441-1631

14. Iporá
– Endereço: 9ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Iporá. Avenida Goiás, 811, Centro, Goiânia GO 76200-000
– Telefone: (64) 3603-7423

15. São Luís dos Montes Belos
– Endereço: 9ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de São Luís de Montes Belos. Rua Rio Doce, 955, esquina Rua do Campo, Vila Eduarda, São Luís de Montes Belos GO 76100-000
– Telefone: (64) 3671-1776 / (64) 99322-9417

16. Anápolis
– Endereço: 10ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Anápolis. Avenida Mato Verde, s/n, Loteamento Jibran El Hadj, Anápolis Goiás 75131-500
– Telefone: (62) 3387-6864 e (62)3387-7615

17. Jataí
– Endereço: 11ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Jataí. Rua Moises Santana, nº 340, Setor Central, Jataí GO 75800-510
– Telefone: (64) 3632-0720

18. Mineiros
– Endereço: 11ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Mineiros. Praça Coronel Carrijo, 18, Centro, Mineiros GO 75830-046
– Telefone: (64)3661-0272

19. Campos Belos
– Endereço: 12ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Campos Belos. Avenida GO-118, Quadra 1 Lotes 3 e 4, Vila Baiana, Campos Belos GO 73840-000
– Telefone: (62)3451-3469

20. Posse
– Endereço: 12ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Posse. Rua Arquimedes Vieira de Brito, 55, Centro, Posse GO 73900-000
– Telefone: (62) 3481-1700

21. Goianésia
– Endereço: 13ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Goianésia. Avenida Brasil, 967, esquina com Rua 15, Setor Universitário, Goianésia GO 76380-067
– Telefone: (62) 3353-2789

22. Luziânia
– Endereço: 14ª CRPTC – Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica de Luziânia. Avenida Brasil, Área Especial, s/n, Setor Leste, Luziânia GO 72803-513
– Telefone: (61) 3622-8743/ (61) 3601-2667/(61) 3601-3374

23. Águas Lindas
– Endereço: 14ª CRPTC/PA – Posto de Atendimento de Polícia Técnico-Científica de Águas Lindas. Rua Amazonas, Qd.69, Setor 09-P, Parque da Barragem, Águas Lindas GO 72910-001
– Telefone: (61) 3613-0270

📞 Para mais informações ou para agendar a coleta de DNA, entre em contato com os números fornecidos para cada localidade, ou com o telefone central de Goiás da Campanha de Busca de Pessoas Desaparecidas, (62) 98140-4071, que também é WhatsApp. Participar desta mobilização é um passo importante para auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas, contribuindo para trazer paz e respostas a muitas famílias. Em nosso site também há uma página específica para localizar no mapa a nossa unidade mais próxima de você (Página Inicial > Institucional > Unidades).

 

Laboratório de DNA Forense
Laboratório de DNA Forense

 

FAQ (Respostas às Perguntas Mais Frequentes)

 

1. Quem pode fazer a coleta de DNA?
A coleta de DNA pode ser feita por familiares de pessoas desaparecidas que não fizeram essa coleta em nenhum outro momento. Se você já doou seu material genético em algum ponto da perícia oficial, não precisa ir novamente.

2. Como funciona a busca de pessoas desaparecidas por meio do DNA?
Os bancos de DNA são administrados por peritos oficiais. Nos bancos são cadastrados continuamente DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas e mortas, e DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Quando há coleta de amostras para exame de DNA dos familiares da pessoa desaparecida elas são processadas nos laboratórios de genética forense e os DNAs obtidos são então inseridos nos bancos locais e nacional de DNA. Estes perfis são comparados continuamente com DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas ou mortas, visando sua identificação.

3. O DNA coletado pode ser utilizado para outra finalidade que não a busca do familiar desaparecido?
Não. O DNA será utilizado exclusivamente para busca e identificação de pessoas desaparecidas.

4. Quem são os familiares que podem doar DNA?
É melhor que a coleta seja de familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta. A ordem de preferência é:

  1. genitores da pessoa desaparecida (mãe e/ou pai biológicos);
  2. filhos(as) biológicos(as) da pessoa desaparecida e e o outro genitor desses filhos(as);
  3. irmãos biológicos da pessoa desaparecida (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).
    Dependendo da disponibilidade de familiares da pessoa desaparecida e contexto do caso, poderão ser coletadas amostras a partir de uma composição possível das alternativas acima. Em caso de dúvidas, consulte o ponto de coleta mais próximo de você.

5. E se houver familiares da mesma pessoa desaparecida que residam em cidades/estados diferentes?
Mesmo não residindo na mesma cidade/estado, os familiares que se enquadrarem nos vínculos de parentesco mencionados acima podem realizar a coleta de DNA em pontos diferentes. Informe esta situação no ponto de coleta para fins de registro, comunicação e orientações pertinentes.

6. E se o doador não tiver condição de ir até o local de coleta de DNA?
O doador deve entrar em contato pelo telefone disponível que os responsáveis irão analisar o caso e o
contexto para tentar viabilizar, na medida do possível, a coleta no local onde a pessoa se encontra.

7. Como é feita a coleta de DNA?
A coleta pode ser feita a partir de células da mucosa oral por meio de um suabe (cotonete) que é passado
no interior da bochecha. Também pode ser realizada a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo da
mão.

8. Para onde vai a amostra de DNA coletada?
A amostra vai para um laboratório de genética do órgão de perícia oficial para extração de DNA e será
inserido no banco de DNA local e no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

9. Onde é feita a coleta de DNA?
A coleta pode ser realizada em todas as Unidades Federativas. Entre 26 de 30 de agosto você pode ir até o
ponto de coleta mais próximo de sua residência, conforme locais informados no link. Fora deste período,
a coleta continua acontecendo nas instituições de perícia.

10. O que é preciso fazer para doar o DNA?
Você deve comparecer a um dos pontos de coleta do seu estado. Na hora da coleta irá assinar um Termo
de Consentimento para a realização da doação.

11. O que levar no dia da coleta?
É preciso levar o seu documento de identificação junto com as informações do Boletim de Ocorrência de
desaparecimento (número, estado de registro e delegacia). Se possível, leve cópia do Boletim de
Ocorrência. Além disso, se disponível, você pode levar objetos que possam ter material genético da
pessoa desaparecida (objeto de uso único e pessoal do desaparecido), por exemplo:

  • amostra de cordão umbilical;
  • dente que se tenha guardado;
  • escova de dente

Outros esclarecimentos sobre objetos poderão ser dados pelos pontos de coleta.

12. É preciso estar em jejum?
Não é preciso estar em jejum

13. Criança também pode fazer a coleta?
Sim, desde que acompanhada pelo seu responsável legal.

14. Existe a possibilidade de fazer busca em banco de DNA em outro país?
Sim. Caso tenha suspeita de desaparecimento em outro país é importante informar isso no momento da coleta de DNA.

15. Como saber se houve identificação da pessoa desaparecida?
Caso seja identificado um vínculo genético e confirmada a identificação, os peritos vão fazer um laudo, notificar o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético da pessoa desaparecida (hospital, abrigo, IML, etc.). A família será informada da identificação pelo órgão competente.

16. O que vai acontecer com o perfil genético depois que houver identificação da pessoa desaparecida?
Os perfis genéticos serão retirados do banco de dados após a identificação da pessoa desaparecida.

17. Quanto tempo depois do desaparecimento os familiares podem doar o DNA?
Não existe um tempo determinado. O importante é ter um Boletim de Ocorrência (BO) do desaparecimento. Caso não tenha, pode ir até a Delegacia mais próxima e registrar o fato. É importante lembrar que as pesquisas em Bancos de perfis genéticos não excluem outras possibilidades de busca das pessoas desaparecidas.

CASO TENHA OUTRAS DÚVIDAS, VOCÊ PODE ENTRAR EM CONTATO COM O TELEFONE DISPONÍVEL NA SUA LOCALIDADE OU ESCLARECÊ-LAS DIRETAMENTE NO PONTO DE COLETA

Estas e outras informações também estão disponíveis nas páginas:
https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/mobilizacao-nacional

https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/desaparecidos

 

Como é feita a coleta
Como é feita a coleta
O que acontece após a coleta de DNA?
O que acontece após a coleta de DNA?

 

Atualizado por Perito Criminal Emiliano Luiz Neto – CCom/SPTC-GO, em 16/08/2024 às 10h36min.

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