Psicólogo forense da PTC fala sobre a tragédia no Colégio Goyases
O psicólogo forense Leonardo Faria, da SPTC (Superintendência de Polícia Técnico-Científica) foi o entrevistado da edição especial do Jornal Anhanguera 1ª edição do último sábado, 21.10. Ao vivo, no estúdio da emissora, no Setor Serrinha, ele respondeu às perguntas do apresentador Mateus Ribeiro e dos telespectadores, sobre o tragédia no Colégio Goyases.
No dia anterior, 20.10., um estudante de 14 anos, armado com uma pistola ponto 40, atirou contra seis colegas de sala, matando dois e ferindo outros quatro. A primeira hipótese para a motivação dos crimes é o bullyng e, por essa razão, Leonardo Faria foi convidado a falar sobre o assunto.

O psicólogo forense afirmou que os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos e precisam ensiná-los a resolver os problemas com diálogo. Faria disse também que os pais dos alunos mortos e feridos, assim como todos que trabalham e estudam no Colégio Goyases, precisarão de acompanhamento psicológico para superar o trauma provocado pela tragédia.
Em um dos trechos da entrevista, Leonardo Faria informou que os sinais de que uma pessoa está sendo vítima de bullyng costumam ser muito discretos, mas existem. São: mudanças de comportamento e de humor, verbalização de ações violentas e agressivas, agressividade gratuita, mudanças nos hábitos de alimentação e sono e isolamento social, entre outros.
Para ele, a violência está muito reproduzida e, pode sim, ser um estímulo para atos violentos. Ele descartou, porém, que os games, sozinhos, possam levar à prática de atos agressivos. “Os jogos, sozinhos, são apenas um estímulo e não desencadeiam a violência. Precisa de outros contextos e da forma como se dá o relacionamento com a comunidade”.

O profissional da SPTC defende que os pais monitorem os conteúdos acessados pelos filhos nas redes sociais e, sobretudo, que incentivem a prática do diálogo. “É importante perguntar sempre se está tudo bem e se a pessoa está passando por uma situação de violência”, recomenda. Segundo ele, é importante “externalizar as angústias e partilhar as experiências”.
Leonardo Faria avisa ainda que “ameaça não é brincadeira“.
A participação do psicólogo forense aconteceu durante todo o telejornal de sábado e foi dividida em blocos. Ela pode ser conferida nos links abaixo:
O psicólogo forense Leonardo Faria é bastante requisitado para falar sobre as motivações de crimes de grande repercussão, analisando os contextos dos acontecimentos e, quando possível, a personalidade dos autores. Ele também falou ao jornal O Popular sobre o perfil do adolescente que matou a jovem Tamires, no fim de agosto passado. O adolescente, de 13 anos, matou a colega de escola, de 14, a facadas. Eles estudavam no mesmo Colégio, em salas diferentes e também moravam no mesmo prédio, em andares diferentes.


