Pesquisa revela perfil e origem de armas utilizadas no crime em Goiás
“As ações das forças policiais goianas na apreensão de armas representam um duro golpe contra a criminalidade”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, nesta quinta-feira (08/02), ao divulgar pesquisa sobre o perfil e a origem das armas de fogo apreendidas em ações de repressão ao crime em Goiás (período de julho de 2016 a julho de 2017). Trata-se do primeiro estudo brasileiro a identificar, em nível estadual, esses números.
Dados de mais de 6 mil armas de fogo (artesanais e industriais), bem como simulacros apreendidos pelas polícias goianas durante um ano de trabalho, foram analisados em parceria com o Instituto Sou da Paz.
Dos cinco tipos de armas mais apreendidos com o crime, apenas um é de calibre restrito, o que demonstra que as polícias em Goiás possuem equipamentos e armas mais potentes do que os disponíveis no mercado ilegal.
Mais da metade das armas apreendidas é constituída de revólveres, 70% fabricados no Brasil.
Ao concluir o rastreamento das armas com numeração de série preservada será possível descobrir as principais fontes de desvio, acelerar e tornar mais precisa a retirada de armas do crime.
Foi possível analisar o ano de fabricação de quase 2 mil armas que tinham numeração de série padronizada, mostrando que aproximadamente 70% delas são antigas e foram fabricadas antes de 2003, quando havia uma política mais branda de controle de armas antes de ser promulgada a atual lei conhecida como Estatuto do Desarmamento.
“Este é um dado que demonstra o impacto que uma política de controle do mercado legal tem sobre o mercado de armas usadas em crimes”, diz Balestreri.
Balanço
Na ocasião, Balestreri também apresentou balanço das ações realizadas no período que está à frente da SSP (março de 2017 a fevereiro de 2018). “Em que pesem as dificuldades que vivenciamos na segurança pública do Brasil, Goiás deu passos importantes e mostrou possibilidades reais para a redução da violência”, destacou.
“Goiás conseguiu reduzir em 12% os homicídios e em mais de 25% as modalidades de roubo em 2017”, ressalta o secretário.
Produtividade da SPTC

2017 foi marcado por avanços e conquistas. Além da recomposição salarial de 12,33%, da nomeação de todos os concursados aprovados, da ampliação do número de Núcleos Regionais (de 14 para 21) e da reestruturação da instituição, a SPTC também teve uma produtividade diária bastante expressiva.
> O Instituto de Criminalística realizou 9.400 atendimentos
> Foram emitidos 8.400 laudos
> Ao todo, os laboratórios do Instituto de Criminalística (IC) e dos Núcleos Regionais atenderam 42.900 casos, com a expedição de 39.200 laudos
> Foram realizados 62.400 atendimentos em medicina legal
Estudo das armas apreendidas em Goiás
Balanço dos índices de criminalidade 2017


