Governo de Goiás repassa mais de R$ 48 milhões a 2.444 projetos culturais

Cerca de 15 mil pessoas deve ser beneficiadas direta e indiretamente, uma vez que em alguns editais o proponente deverá contratar mais profissionais para que consiga entregar seu produto cultural. Recursos da Lei Aldir Blanc devem ser usados para contratação de equipes de apoio, técnicos de som e luz, aluguel de espaços, entre outros. “A retomada da cultura veio com força”, afirma governador Ronaldo Caiado

O governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), repassou mais de R$48 milhões a 2.444 projetos culturais por meio da Lei Aldir Blanc (LAB) 2021. Dessa forma, a previsão é que cerca de 15 mil pessoas sejam beneficiadas direta e indiretamente com o recurso, uma vez que em alguns editais o proponente deverá contratar mais profissionais para que consiga entregar seu produto cultural. A projeção feita pela equipe de Programas e Projetos Culturais e Artísticos da Secretaria de Cultura é que cerca de 5 a 7 pessoas sejam atendidas por projeto, principalmente nos segmentos de Cultura Popular, Festivais e Eventos, e Pontos de Cultura.

“A retomada da cultura veio com força. Durante todo esse tempo tivemos situações que realmente impediram com que nós voltássemos a ter qualquer perspectiva diante da pandemia que se agravava e hoje com o processo já avançado de vacinação nós já temos um protocolo capaz de fazer com que eventos presenciais possam ser apresentados. Com isso, resgatamos toda essa classe que sofreu duramente, foi a que mais sofreu, sem dúvidas, a área cultural, os artistas que ficaram totalmente sem público e sem perspectiva de tê-los”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

Para o secretário de Cultura César Moura, o uso de todo recurso caído para Goiás foi graças a um trabalho meticuloso de rastreamento de potenciais candidatos do setor cultural. “Trabalhamos em parceria com os trabalhadores da cultura para construir os 20 editais e, assim, atender especificamente os trabalhadores do setor mais penalizado na pandemia. Fizemos as bucas ativas no interior para ajudar todos e também incluir novos agentes, antes excluídos de editais de fomento. Pegamos literalmente na mão do trabalhador cultural em caravanas pelo interior e conseguimos usar 100% dos recursos enviados para Goiás”, destaca.

O edital de Festivais de Artes prevê a realização de eventos com no mínimo três dias de duração. Para executar um festival de música, como o Goiânia Noise, por exemplo, é necessário a contratação de técnicos de iluminação e de som, pessoas para a montagem de equipamentos e do palco, entre outros. Dessa forma, o recurso da LAB não beneficia apenas o proponente, mas todos os envolvidos para que o evento aconteça.

Caso semelhante ocorre com o Favera – Festival Audiovisual Vera Cruz, que apoia diversos agentes culturais. Sua missão é democratizar o acesso da cultura por meio do audiovisual, através de exibição de curtas nacionais e goianos, oficinas de formação de cinema, produção de filmes nas escolas, entre outros.  Ao todo, trabalham aproximadamente 40 pessoas de forma direta com o Favera.

De acordo com Rochelle Silva, coordenadora do Festival, o montante recebido do governo estadual será usado, principalmente, para a contratação dos oficineiros, palestrantes e consultores, bem como o pagamento de licenciamento dos filmes selecionados. “O recurso da LAB também será usado para adaptar as bases físicas em que a mostra é realizada, para oferecer consultorias e sessões de fotos para a população, aquisição de alguns equipamentos, locação de plataformas de meet e streaming, entre outros”, explicou.

O edital de Projetos de Artes nos Pontos de Cultura é outro que beneficiará um número maior de pessoas. Foram aprovados 28 projetos para a promoção de ações culturais e artísticas por três meses e cada um deles receberá R$100 mil. Ou seja, mais artistas e agentes culturais deverão ser contratados para que as apresentações sejam realizadas.

Os editais de Audiovisual, Circo, Dança, Teatro e Bibliotecas, Galerias e Museus são outros que também poderão beneficiar um número maior de pessoas além dos proponentes. Na produção de um curta-metragem, por exemplo, é preciso contratar o cinegrafista ou comprar os equipamentos fotográficos, técnicos de som e iluminação, figurinistas, produtores, investir na edição final, entre outros.

Visibilidade à diversos segmentos

Além de envolver um número maior de pessoas da classe artística, a Lei Aldir Blanc 2021 ajuda a destacar a importância de segmentos que muitas vezes ficam de fora das leis de incentivos, como o de Gastronomia, Mestres e Mestras, Hip Hop, Arte Feminina, Crianças e Adolescentes e Quilombolas. “A Lei Aldir Blanc trouxe um pouco de alento aos trabalhadores que tiveram que paralisar suas atividades. No ponto de vista mais amplificado, ela também trouxe visibilidade a nichos culturais dentro dos setores produtivos que em leis de incentivos tradicionais não conseguiam aparecer”, explicou o Gerente de Planejamento e Fomento à Cultura da Secult Goiás, Sacha Witkowski.

 

 

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