Famílias do Madre Germana I comemoram entrega de escrituras

Depois de 21 anos de espera, a aposentada Leonice da Gama Fernandes não escondia a alegria de receber a escritura de sua moradia entregue neste sábado (21/9) pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab). “Hoje eu estou exibida mesmo. É muita felicidade pra um dia só!”, revelou, depois de subir ao palco e receber a escritura, acompanhada de um abraço do governador Ronaldo Caiado. Ela faz parte do grupo de 473 famílias beneficiadas no Madre Germana I, em Aparecida de Goiânia, pelo programa de regularização fundiária do Estado de Goiás. Outras 271 famílias assinaram as escrituras, última etapa da regularização fundiária das moradias.

Ronaldo Caiado disse que o Estado está avançando naquilo que o povo de Goiás deseja: “ter sua casa escriturada para que a pessoa possa ter a garantia da propriedade”. Para ele, melhorar a qualidade de vida daqueles que vivem em Goiás é o objetivo principal. O governador elogiou o empenho da equipe da Agehab e disse que vai entregar até o final do mandato 20 mil escrituras em todo o Estado. Ele também destacou que a Agehab conseguiu recuperar R$ 15 milhões para investir no Madre Germana II, em Goiânia. Segundo Ronaldo Caiado, o dinheiro tinha sido devolvido aos cofres da União, mas agora terá destinação correta, para melhorar a vida daquelas famílias.

O presidente da Agehab, Eurípedes do Carmo, agradeceu ao governador pela confiança e a oportunidade de fazer parte de um governo sério, que está levando tantos benefícios à população. Segundo Eurípedes, a atuação do Governo Ronaldo Caiado tem sido muito forte na área social. “A gente vê a alegria das famílias. É a realização de um sonho, a escritura é uma conquista. Traz uma tranquilidade muito grande”, reforçou.

O vice-governador Lincoln Tejota ressaltou que a ação resgata o compromisso do governador Ronaldo Caiado em dar dignidade e qualidade de vida à população. “O governador, por meio da Agehab, vem fazendo isso com muita maestria. São pessoas que estão aqui há muito tempo e que merecem ter sua vida regularizada”, disse.

Dona Leonice, com 70 anos de idade, lembra a data em que chegou ao Madre Germana I: 1º. de maio de 1997. Além dela, no local só haviam outras duas famílias e muita, muita poeira. Ela chegou de Brasília e morou de aluguel até ganhar o lote. Foi para o Madre Germana viver debaixo de lona, com a filha mais nova e dois netos. Conseguiu levantar as paredes com muito custo. Viu tudo chegar ao bairro: asfalto, escolas e linhas de ônibus. “Tenho filhos que moram em Brasília, no Rio de Janeiro. Nunca tive coragem de viajar pra casa deles por medo de invadirem minha casa”, confessou. Agora, segundo ela, com a escritura tudo vai ser diferente. “Acabou o medo. É minha de papel passado”, revelou.

A Agehab é responsável pela regularização fundiária das áreas de domínio do Estado. A escritura é gratuita para moradores originários ou com renda de até quatro salários mínimos.

O casal formado pelo mecânico Fábio Reis da Silva, 38 anos, e a encarregada operacional Maria Natalícia, 22, também receberam a escritura. Pais da pequena Ekemilly, de apenas 1 ano, eles avaliam agora a possibilidade de construir mais um quarto na casa e também aumentar a família. Para Fábio, a escritura pode ser importante na hora de conseguir um empréstimo no banco, por exemplo.

A manicure Cristiane Gonçalves Silva, de 34 anos, já teve muito medo de perder a casa onde vive com o marido e seis filhos. Ela foi criada pela tia, Maria Irismar, de 66 anos, que também recebeu a escritura, na primeira casa onde morou no Madre Germana I. Depois conseguiu com o Governo de Goiás uma das moradias que tinham sido abandonadas. “Nós já fomos despejados por falta de dinheiro para o aluguel e passamos até fome. Essa casa é tudo que temos, então a chegada da escritura é muito importante para minha família”, afirmou. 

 

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