Famílias de Porangatu destacam importância do Governo de Goiás na conquista da moradia

Uma das maiores cidades do Norte de Goiás, com população estimada em 45 mil habitantes, Porangatu recebeu no último sábado (26/10) mais 216 moradias construídas pela parceria Governo de Goiás e Caixa, que vão tirar do aluguel famílias como a da dona de casa Isméria Vieira Melo e do operador de máquinas Roniel Carvalho. Eles engrossavam os índices do déficit habitacional, calculado para o município em 5.51%, segundo estudo de 2018 do Instituto Mauro Borges (IMB). A família, que vivia de favor na casa de um parente, agora vai morar no Residencial Tocantins pagando prestação de R$ 427,00. A aquisição da casa própria, conta Isméria, só foi possível porque recebeu o subsídio de R$ 10 mil do programa habitacional do Governo de Goiás, que cobriu o valor da entrada e ajudou a diminuir o valor mensal do financiamento em 30 anos.

O Residencial Tocantins foi entregue com toda infraestrutura básica (iluminação pública, asfalto e rede de água e esgoto) e o apoio de equipamentos públicos instalados na região, como escola e posto de saúde. Condições consideradas essenciais por Isméria para atender as necessidades dos filhos Kaiky, 15 anos, Gabriel, 11 anos, e Breno, de seis anos. “Um sonho realizado que não tenho nem palavras para descrever a alegria. Importante demais esta casa para a minha família. Não tivemos que dar entrada e a parcela é um valor que damos conta de pagar”, relatou a dona de casa, que planeja construir imediatamente o muro para melhorar a segurança do imóvel.

Durante a entrega das moradias em Porangatu, em que esteve acompanhado do vice-governador Lincoln Tejota e do presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Eurípedes do Carmo, o governador Ronaldo Caiado destacou que a determinação é para avançar com o programa de construção de moradias em todo o Estado para atender as famílias goianas. Assim como está acontecendo em Porangatu, a meta é atender todos os municípios com a construção de 20 mil moradias até o final do mandato. Eurípedes do Carmo anunciou que já estão contratadas 5 mil moradias para início imediato das obras. Com mais este residencial em Porangatu, a parceria Governo de Goiás e Caixa completou a entrega de 568 moradias no município, distribuídas em três residenciais (Amazonas, Araguaia e Tocantins), dos quais dois concluídos este ano. Foram investidos pela parceria R$ 15 milhões para a construção das moradias.

 

Novo começo de vida

 

A semana começa com preparativos de mudança para a maioria das famílias beneficiadas com moradias no Residencial Tocantins, em Porangatu, como a da dona de casa Fernanda Ferreira, 28 anos. Acompanhada do marido Tharles Lopes Soares, 27, e da filha caçula Maria Clara, 10 meses, ela recebeu as chaves da primeira casa própria das mãos do governador Ronaldo Caiado e abriu com um largo sorriso as portas para mostrar a nova residência de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, com piso de cerâmica, forro e aquecimento solar para o chuveiro. Um dos quartos será preparado para os filhos Maria Clara, Tharles Yuri, 6 anos, e Maria Geovana, de 8 anos. “Somos casados há 11 anos e há 11 anos tentamos conseguir a casa própria. Chegou a nossa hora. Usamos o FGTS e o subsídio do Governo de Goiás de R$ 10 mil para zerar o valor da entrada e baixar a parcela, que é de R$ 300 reais. Agora é preparar a mudança e começar vida nova com minha família. Alegria imensa em saber que vou morar no que é nosso”, comemorou Fernanda.

O pintor e atualmente ajudante de armazém Kesse Jones Macedo Pires, 25 anos, e Thauany Bispo de Fonseca, 19 anos, vão deixar para trás um aluguel de R$ 350,00 e abrir um novo ciclo na vida de casal. “Não precisamos dar entrada por causa da ajuda do Governo de Goiás e conseguimos baixar muito o valor da prestação, de uns R$ 500,00 para R$ 330,00. Não teríamos condições de dar essa entrada. O nosso sonho de ter uma casa está realizado. Podemos pensar agora em ter filhos”, disse Kesse Jones, contando que a semana será dedicada aos preparativos da mudança.

“Sair do aluguel é bom demais. Ter uma casa é outra vida. Vamos investir no que é nosso, arrumar do jeito que a gente sonhou. Vamos mudar no próximo final de semana”. O depoimento é da dona de casa Dayanne Dias Rodrigues, 21 anos, casada com o técnico de informática Michael Vinicios Garcia. O casal sai de um aluguel de R$ 400,00 para pagar uma parcela de R$ 360,00 em financiamento junto à Caixa de 30 anos. “As condições foram ideais, sem entrada por causa do subsídio. Isso facilitou tudo. Vamos começar vida nova aqui”, afirmou Dayanne.

O lote de esquina, mais valorizado, reacendeu o empreendedorismo da auxiliar de funerária Valdirene Silva Nunes, 49 anos, e moradora de Porangatu há 23 anos. “Fui muito bem acolhida nesta cidade. Com um salário mínimo e meio consegui agora comprar a minha primeira casa, onde vou morar com meu marido e dois netos. Pretendo montar um comércio para melhorar a renda da família e viver com mais tranquilidade. Esse subsídio foi muito importante, pois eu não teria como bancar a entrada. Meu plano aqui é ser feliz. Todo brasileiro sonha com a casa própria. Assim que fizer a mudança vou fazer um churrasco e penso em plantar um ipê branco na porta da minha casa para resgatar um pouco da minha infância na fazenda, onde havia ipês de todas as cores”, contou Valdirene, ainda com muitos elogios à localização do bairro, com toda infraestrutura, perto de escola, de posto de saúde e de comércio.

Entrar pela primeira vez na primeira casa própria para fazer a vistoria do imóvel de mãos dadas com o marido, o cabeleireiro Jacson Santos de Jesus Campos, 26 anos, foi um ritual de boa sorte e fortalecimento da união do casal para a estudante do curso técnico de Enfermagem Fernanda Maria Nunes da Silva Campos de Jesus, 20 anos, com a pequena Maria Cecília, de dois anos, nos braços. Casados há cinco anos, eles assumiram mutuamente os sobrenomes para reforçar o projeto de vida de muita união. Moram atualmente de favor com a mãe de Fernanda. “Batalhamos muito pela casa própria. Meu marido trabalha um período no frigorífico e outro como cabeleireiro. Com renda de R$ 1.300,00 seria muito difícil sem esse subsídio do governo, pois não tínhamos dinheiro para a entrada. Vamos pagar uma parcela de R$ 419,00. Nossa família tem um lugar seguro para viver. Uma casa é tudo. Penso agora nos móveis planejados. Em arrumar o quarto da minha filhinha”, relatou Fernanda. Já o plano do marido é construir um cômodo na frente da casa para montar um salão e conquistar a independência financeira da família.

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