Mulheres são 93% do público do Aluguel Social do Governo de Goiás

Modalidade do programa Pra Ter Onde Morar atende em maioria lares comandados por mulheres. Representantes de todas as idades conquistam dignidade habitacional graças ao benefício
 

Zilma Gomes da Silva acorda, todos os dias, às 5 horas. Pega o carrinho da reciclagem e sai pelas ruas do bairro onde mora em Goiânia, o Buena Vista 1. A missão: coletar o material que será vendido mais tarde. Com a pequena renda, ela tenta sustentar os três netos que moram com ela. “O que tenho para dar a eles é escola e a fé em Deus”, diz. A rotina seria puxada para uma pessoa de qualquer idade, mas Zilma já está com 77 anos. Quando recebeu a reportagem, se recuperava de uma dor intensa que sente nos pés.

Quando dona Zilma soube, porém, que era pra falar sobre o Aluguel Social, benefício que recebe do Governo de Goiás desde setembro de 2022, a feição dela se iluminou. “Essa é uma bênção para mim, o dinheiro que eu tirava para o aluguel, agora eu pago alimentos para os meus netos. Você não imagina a importância desse benefício. Nossa vida melhorou muito”, comemora.

A história da coletora de recicláveis ilustra o alcance e a importância da modalidade Pra Ter Onde Morar – Aluguel Social, criado no final de 2021 pelo governador Ronaldo Caiado, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab). Já são mais de 38 mil famílias beneficiadas em todo o Estado, com um detalhe relevante: 93% destas famílias são comandadas por mulheres.

“Priorizamos o atendimento a mulheres porque grande parte das vezes elas sustentam sozinhas a casa e cuidam dos filhos, até mesmo de netos. A realidade delas é de perseverança. O Estado tem dever de chegar a quem mais precisa”, destaca o presidente da Agehab, Pedro Sales.

No Dia da Mulher, ele faz questão de lembrar as ações da Agência voltadas para promoção de dignidade habitacional para elas. Segundo Pedro, além das mulheres chefes de família, também são público prioritário as mulheres vítimas de violência doméstica. No caso da regularização fundiária urbana, a escritura sai preferencialmente no nome da mulher, pois é ela quem geralmente fica com os filhos em casos de separação.

Thainara Corrêa Vieira, de 25 anos, cuida sozinha de duas crianças pequenas. Ela afirma que antes do Aluguel Social chegou a passar fome. “É muito difícil chegar no final do mês e ter que escolher entre pagar aluguel e comprar comida. Não consigo descrever o quanto sou grata por esse benefício. Sempre choro quando falo sobre como mudou minha vida”, relata Thainara, que está desempregada, mas agora “consegue garantir todos os dias a mistura do almoço”.

 

Realização de sonhos

Moradora do Jardim Presidente, em Goiânia, Gilmara Jesus da Hora tinha dois sonhos: fazer faculdade e conquistar a casa própria. O primeiro, acabou de realizar: cursa Educação Física na Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde o início do ano. Antes disso, Gilmara trabalhava como diarista. “Depois que comecei a receber o Aluguel Social a vida melhorou em todos os aspectos. Já estou na faculdade e consegui matricular minha filha no curso de natação, outra coisa que a gente queria fazer faz tempo”, conta a mãe de uma menina de 5 anos.

Segundo Gilmara, todo mês era aquela angústia ter que separar o dinheiro do aluguel. “Agora não. O dinheiro do aluguel cai na conta certinho. O que sobra abre espaço para planejar e realizar sonhos. Consegui focar nos estudos e o resultado foi a aprovação no vestibular”, contou. Segundo ela, o Aluguel Social dá uma força enquanto não realiza o segundo sonho. “Sei que logo vou conseguir minha casa. Enquanto isso, tenho essa segurança”.
 

Governo de Goiás – Agência Goiana de Habitação

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