Bernardo Sayão

1955 a 1959

Bernardo Saião Carvalho Araújo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no ano de 1901, filho de João Carvalho de Araújo e de Alice Saião Carvalho de Araújo.

Fez os estudos preparatórios no Colégio Anchieta e cursou em seguida a Escola de Agronomia Luís de Queirós em Piracicaba (SP), a Escola Nacional de Agronomia do Rio de Janeiro e a Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Minas Gerais, formando-se por esta última em 1929.

Dedicou-se à construção de estradas por empreitada, tornando-se depois funcionário do Ministério da Agricultura. Dirigiu a Colônia Agrícola Nacional, que deu origem às cidades pioneiras de Ceres e Rialma, em Goiás. Radicado nesse estado, elegeu-se, em outubro de 1954, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), vice-governador na chapa encabeçada por José Ludovico de Almeida. Exerceu a chefia do Executivo goiano no início de 1955, completando o mandato do governador Pedro Ludovico Teixeira. Em fevereiro do mesmo ano tomou posse como vice-governador.

Após a deliberação do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) de transferir a capital federal para o planalto central do Brasil, em território goiano, Bernardo Saião foi indicado para supervisionar a execução do Plano Piloto elaborado por Lúcio Costa, em março de 1957, para a construção de Brasília. Em meados desse ano, recebeu nova incumbência do presidente: a construção de uma rodovia ligando a nova capital a Belém. Nesse sentido, assumiu, em maio de 1958, a supervisão da Rodobrás — Comissão Executiva da Belém-Brasília. Encontravam-se já bastante adiantadas as obras quando, em 15 de janeiro de 1959, faleceu, vitimado por acidente de trabalho. A rodovia Belém-Brasília recebeu seu nome.

Era casado com Lígia Mendes Pimentel. Sua filha, Léia Saião, publicou Meu pai, Bernardo Saião (3ª ed. 1976).

FONTES: CONSULT. MAGALHÃES, B.; Grande encic. Delta; KUBITSCHEK, J. Meu.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo