Reconhecimento: Trabalho da Polícia Técnico-Científica de Goiás é elogiado por Minas Gerais
“Auxílios recebidos foram extremamente valiosos para o sucesso das atividades periciais e da identificação humana”, diz diretor em e-mail enviado à SPTC
O trabalho da Superintendência de Política Técnico-Científica (SPTC) da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) na identificação de vítimas do rompimento de uma barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, foi elogiado pela Diretoria do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Em e-mail enviado nesta última semana, o diretor da unidade, José Roberto de Rezende Costa elogiou o empenho da equipe e agradeceu pelas ações realizadas. “Todos os auxílios recebidos foram extremamente valiosos para o sucesso das atividades periciais e da identificação humana, fato esse que, portanto, obriga que externe e exalte a gratidão e congratulações aos préstimos oferecidos”, diz.
A tragédia aconteceu em janeiro de 2019. Na época, por determinação do governador Ronaldo Caiado e do secretário de Segurança Pública Rodney Miranda, a SPTC enviou oito integrantes, sendo sete auxiliares de autópsia e um perito criminal especialista em identificação por arcada dentária. “As rotinas precisaram ser adaptadas à realidade da tragédia, com mobilização irrestrita de servidores da ativa, voluntários, profissionais já afastados, licenciados, de férias, dentre tantos outros. Toda logística administrativa e operacional requereu tratativas em caráter de contingência, voltados para a premente situação encontrada”, ressalta o diretor do IML de Belo Horizonte ao agradecer o trabalho da SPTC de Goiás.
A equipe da Superintendência de Polícia Técnico-Científica de Goiás atuou para dar mais agilidade nos procedimentos médicos legais e realizados no local da tragédia. Desta forma, o tempo de resposta dos exames para determinação das causas das mortes e os exames para identificação das vítimas foi reduzido. A equipe goiana permaneceu em Minas Gerais durante 15 dias.
Diante da complexidade do trabalho realizado, o diretor do IML de Belo Horizonte destaca a que, mesmo após um ano da tragédia, é preciso reconhecer o empenho dos profissionais envolvidos. “Recursos humanos e materiais demandaram decisões complexas, para adequado direcionamento dos fluxos internos e externos para alcançar resultados satisfatórios, à altura das expectativas alheias, dos olhos atentos da mídia, da Justiça e do clamor social em curso, em nível internacional, inclusive”.
Importante destacar que todas as equipes da SPTC de Goiás possuem alta capacidade técnica em análises de vítimas em estado de decomposição mais avançado. O trabalho da Polícia Técnico-Científica goiana neste sentido é reconhecido nacionalmente como referência em investigação.
Além de médicos legistas e peritos criminais odontólogos, a equipe de medicina legal da SPTC conta com auxiliares de autópsia formados em diversas áreas, como Fisioterapia, Farmácia, Enfermagem, Biomedicina, Biologia e Educação Física, por exemplo. Dessa forma, o nível de conhecimento que é essencial nesse tipo de atuação é elevado.
Para o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda, o trabalho da SPTC goiana em Brumadinho foi uma ação humanitária do Governo de Goiás. “Tão logo ocorreu a tragédia, o governador Ronaldo Caiado entrou em contato com o governo de Minas Gerais para colocar nosso Estado à disposição. Não nos furtamos de ajudar de pronto nessa missão de solidariedade”, define.
O caso
Em 2019, a barragem de rejeitos de minério da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, administrada pela empresa Vale se rompeu. O acidente resultou em um dos maiores desastres ambientais no Brasil. Mais de 252 mortes foram provocadas pela tragédia.
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