Polícia Civil prende suspeitos do homicídio de Danilo de Sousa, de 7 anos

Padrasto e um homem, amigo da família, são os principais suspeitos do crime.

 

A Polícia Civil prendeu duas pessoas, na tarde desta sexta-feira (31/07), suspeitas de envolvimento na morte de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos. Os detidos foram o padrasto do menino, Reginaldo Lima Santos, de 33 anos e Hian Alves de Oliveira, conhecido da família, de 18. Os dois foram presos em Goiânia, pela força-tarefa criada na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) da capital, composta por cerca de 30 policiais.

Segundo o delegado Ernane Oliveira Cazer, o responsável pelo trabalho investigativo, Hian Alves, que é filho de um pastor da região, confessou a participação no crime, durante depoimento. O suspeito iria receber em troca uma motocicleta. Já o padrasto da vítima, estava insatisfeito com a convivência com o menino e também com os demais filhos da companheira, que eram frutos de outro relacionamento. “A motivação do Hian é financeira. Já o Reginaldo tinha uma aversão às crianças e chegou a comentar que queria tirar os meninos da casa, de acordo relatos de testemunhas ele não aguentava mais a convivência com eles”, pontuou.

O delegado Rilmo Braga, titular da DIH, contou que o conhecido da família teria chamado a criança para a área de mata, enquanto o padrasto aguardava no local. Hian segurou a criança pelos braços, enquanto Reginaldo agrediu o menino com um pedaço de pau. Na sequência, o padrasto afogou a criança na lama. “A agressão que aconteceu antes do momento da morte por asfixia ocorreu em razão de agressão por paulada e não foram pauladas exclusivamente no local fatal, mas também na cabeça e ombros, só que essas não podem ser diagnosticadas [por laudos periciais] porque o corpo estava em estado de decomposição”, afirmou.

De acordo com o titular da DIH, o filho do pastor apresentou informações que apenas poderiam ser conhecidas por uma pessoa que estivesse no local, no momento do crime. O delegado apontou ainda que uma testemunha foi peça chave para a prisão dos suspeitos. “Nós temos uma testemunha sigilosa, fundamental, que presenciou toda a dinâmica do adentramento dessas pessoas no matagal, inclusive com o instrumento do crime. Contudo, o depoimento ficará em sigilo, por se tratar de um menor de idade”, relatou.

Os dois suspeitos, que já tinham passagens por crimes violentos, foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles devem permanecer detidos na Delegacia de Investigação de Homicídios até a audiência de custódia, que poderá converter a prisão em preventiva. “Nós já fizemos contato com o poder judiciário, Ministério Público e temos total convicção de que essa prisão será devidamente legitimada, homologada e as prisões preventivas decretadas”, pontou o delegado Rilmo Braga.

As investigações seguem agora para a conclusão do inquérito policial, que deverá contar ainda com o depoimento de novas testemunhas.

Força-tarefa

Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, sumiu no último dia 21 de julho ao sair para ir à casa da avó, no Parque Santa Rita, em Goiânia. Buscas foram realizadas pelas de equipes do Corpo de Bombeiros Militar. Seis dias depois, o corpo do menino foi encontrado já em estado de decomposição, em um lamaçal a cerca de 100 metros da residência dele, em uma área de mata fechada. O Instituto Médico Legal (IML) emitiu um laudo apontando que o garoto havia sido morto por asfixia em lama.

No dia em que foi feita a identificação do corpo do menino, o caso, que era apurado na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) foi repassado a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). Uma força-tarefa, com aproximadamente 30 policias, foi criada. As equipes realizaram dezenas de diligências de campo, com laudos periciais e testemunhas ouvidas. Uma nova varredura chegou a ser feita no local do crime e diversos objetos foram apreendidos.

Nesta sexta-feira (31/07), a força tarefa teve o prazo prorrogado para a conclusão das investigações, que devem seguir até o dia 8 de agosto. Segundo o delegado Rilmo Braga, o trabalho intenso foi de extrema importância para a elucidação dos fatos. A participação dos peritos da Polícia Técnico-Científica tem fundamental relevância na conclusão do caso. “Quero que se registre o nível de dedicação dos nossos homens e mulheres da Delegacia de Homicídios, que deixaram de lado todos os seus afazeres, descanso e suas famílias, para que pudéssemos dar essa pronta resposta que a nossa sociedade precisa e merece, a um crime dessa natureza, que não será tolerado pela Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública”, pontuou.

O secretário de Segurança Pública do estado, Rodney Miranda também destacou a relevância do esforço dos policias, que conseguiram, pouco mais de uma semana após o descobrimento do homicídio, solucionar o crime e prender os responsáveis. “Não traz a vida da criança de volta, mas traz um pouco de conforto a família e a sociedade saber que a justiça está sendo feita pelas polícias e certamente vai ser feita também pela Justiça. Quero parabenizar a Polícia Civil mais uma vez pelo brilhante trabalho e esforço, não parou um segundo desde o dia em que teve conhecimento do crime e o resultado saiu. E também parabenizar a Polícia Técnico-Científica pelo empenho na perícia realizada. E o Corpo de Bombeiros Militar pelas buscas realizadas com objetivo de achar o corpo da criança”, afirmou.

Por meio das redes sociais, o governador Ronaldo Caiado pediu rigidez no julgamento do caso e afirmou que crimes como esse não ficarão impunes no estado. “Quero parabenizar a nossa Polícia Civil pela solução do crime brutal que tirou a vida do pequeno Danilo. Episódio triste em nosso Estado, mas que não ficou impune. A dor da mãe e dos familiares permanece, mas a impunidade não terá vez. Que Deus conforte os familiares pela perda do amado Danilo. E que a justiça seja dura contra quem cometeu esse assassinato”, destacou.

 

[A divulgação da imagem e identificação dos presos foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Titular da Delegacia de Investigação de Homicídios unidade, nº 000010828006 e Despacho nº 61/2020 – DIH/DGPC- 09555 dos responsáveis pela investigação, especialmente porque visa o surgimento de novas provas e principalmente novas testemunhas do homicídio em testilha.]

 

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