Polícia Civil prende suspeitos de cobrar por cargos fictícios no Estado

Ao todo, quatro pessoas foram detidas. Polícia acredita que golpe tenha gerado prejuízo coletivo de R$ 200 mil

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil de Goiás, nesta quarta-feira (16/12), durante a Operação Influência Fake. Elas são suspeitas de integrarem uma associação criminosa, que praticava crimes de estelionato. Segundo a investigação da 15ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, o grupo enganava pessoas com falsas promessas de obtenção de cargos comissionados, no Governo Estadual. Para isso, cobravam valores que chegavam a R$ 20 mil.

Para aplicar os golpes, o grupo alegava conhecer uma pessoa influente no Estado. “A quadrilha criava um enredo, de que tinha influência junto ao Governo e que após o pagamento, eles iriam obter esses cargos em comissão”, afirmou o delegado Germano Castro. Durante a apuração, os policiais descobriram que os suspeitos contavam com o apoio de um cirurgião dentista. Com o intuito de passar credibilidade à proposta, o profissional realizava reuniões com as vítimas no próprio consultório odontológico.

“Esse cirurgião dentista era responsável por estar captando pessoas que eram interessadas em obter os cargos. Ele era membro da quadrilha, responsável por essa operação. Na sequência, outra pessoa entrava em cena, para se colocar como sendo a pessoa influente e que conseguiria os cargos, após o pagamento. Nós apuramos que elas não têm nenhum tipo de influência. Era realmente um golpe”, informou.

Segundo o delegado, a investigação teve início em julho de 2019, quando três pessoas, membros de uma mesma família, foram vítimas da ação criminosa e chegaram a sequestrar o dentista, para recuperar o dinheiro perdido. “Eles exigiram da mulher dele o pagamento desses valores que eles haviam pago para a quadrilha, para que fosse libertado”, ressaltou. Na ocasião, as vítimas do golpe foram presas e atuadas em flagrante por extorsão.

Até o momento, a Polícia Civil conseguiu identificar 10 vítimas da associação criminosa. O golpe teria gerado prejuízo coletivo estimado em R$ 200 mil. O delegado reforçou que, caso outras pessoas tenham sido vítimas da quadrilha, que denunciem à Polícia. “Nós estamos aguardando e caso surjam outras vítimas, a gente vai ouvir para fazer parte dessa investigação. As pessoas podem procurar a Polícia ligando no 197, que é o Disk Denúncia ou comparecendo a uma delegacia próxima, relatando essa situação”, pontuou.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca nas residências dos suspeitos, que resultaram na apreensão de objetos e documentos. Os investigados serão indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Se condenados, podem pegar até oito anos de reclusão. O delegado fez ainda um alerta, para que a população desconfie de propostas como as que eram feitas pela quadrilha. “As coisas no âmbito do Poder Executivo são muito sérias. Os critérios para obtenção desses cargos levam em conta uma série de fatores e esse pagamento não é um deles”, concluiu.

Comunicação Setorial
Secretaria de Segurança Pública
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