Polícia Civil prende grupo que aplicava golpe “Bença, Tia”
Três mulheres foram detidas. Associação criminosa era liderada por detento, que se passava por familiar das vítimas para conseguir dinheiro
A Polícia Civil prendeu, na tarde de terça-feira (21/05), em Aparecida de Goiânia, três mulheres suspeitas de envolvimento no golpe chamado “Bença, tia”. Uma delas era responsável por aliciar outras pessoas para que abrissem contas onde o dinheiro fruto dos golpes era depositado.
Luciene da Silva Campos foi flagrada dentro de uma agência bancária tentando efetuar um saque. Com ela, a polícia encontrou R$ 1,3 mil em espécie, além de vários cartões de contas bancárias de outras pessoas.
O grupo era liderado por João Carlos Pereira, que cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. “Ele fazia ligações se passando por sobrinhos ou outros familiares das vítimas. Depois, pedia dinheiro para um suposto conserto de carro”, explica o delegado Divino Batista.
Segundo o delegado, durante os telefonemas, as próprias vítimas revelavam o nome de algum familiar e, a partir daí, o criminoso contava uma história e pedia dinheiro para resolver o problema. “Os crimes eram cometidos contra pessoas de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Para as vítimas que moram fora do Estado, ele alegava que iria visitá-las e, no dia seguinte, telefonava pedindo ajuda financeira, alegando que o veículo havia quebrado no caminho”, destaca.
Conforme apurado, Luciene da Silva – que já possui passagens pela polícia por tráfico de drogas -, era responsável por aliciar outras pessoas para o esquema. Elas emprestavam suas contas bancárias para que o dinheiro fosse depositado.
Também foram detidas Juliana da Silva Souza – que é filha de Luciene -, e Maria Isabel Silva Pinto. A Polícia Civil conseguiu identificar uma vítima da quadrilha, que mora em Nova Veneza, que chegou a depositar R$ 4,5 mil para o grupo.
Na casa de Luciene e Juliana, em Hidrolândia, os policiais encontraram porções de maconha e cocaína prontas para serem vendidas, além de uma balança de precisão e uma munição calibre 180. Um menor de idade, que teria um relacionamento amoroso com Juliana, também foi identificado.
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