Polícia Civil prende em Goiás suspeito de coordenar ataques cibernéticos em todo o país

Ele já havia sido detido em agosto deste ano, durante a Operação Attack Mestre. Além de coordenar as ações, ele era responsável por ensinar os ataques a outros criminosos.

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), prendeu preventivamente nesta terça-feira (29/09) um homem, de 31 anos, apontado como coordenador de ataques virtuais, realizados por uma associação criminosa. O suspeito já havia sido detido em agosto deste ano, durante a Operação Attack Mestre, realizada em conjunto com a Polícia Civil do Tocantins e com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça.

O preso é dono de uma provedora de internet, localizada no Setor Santos Dumont, em Goiânia. Segundo as investigações, ele seria o responsável e coordenador de vários ataques cibernéticos. Durante os crimes, ele se identificava com o apelido de “Guerreiro”. O grupo praticava extorsões após a utilização de ataques de Negação de Serviço Distribuído, conhecido como DDoS, contra Provedores de Conexão de Internet.

Os suspeitos interrompiam as conexões de internet banda larga de centenas de milhares de usuários em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal. De acordo com a delegada Sabrina Leles, os ataques causavam grande prejuízo para as empresas vítimas. “Quando ele lança a ordem desse ataque, sobrecarrega o servidor das empresas, que tem a prestação do serviço prejudicado, porque os clientes não conseguem ter acesso à internet”, pontuou. A ação criminosa resultava em perda de muitos clientes para as provedoras atacadas.

As investigações mostraram que os membros do grupo possuíam conhecimentos avançado no campo da tecnologia da informação. Eles faziam uso de estrutura complexa, uma rede com diversos computadores infectados por BOTS, popularmente conhecidos como “zumbis”. As interrupções chegavam a afetar até mesmo a prestação de serviços essenciais. Uma das empresas vítimas da associação criminosa teve um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil.

A Polícia descobriu que o suspeito detido, além de ser o responsável pelos ataques virtuais, era o administrador de um grupo de WhatsApp, denominado “Escritório do Guerreiro”. No aplicativo de mensagens, os participantes trocavam técnicas para realização de novos ataques. “Esse empresário ensinava outros criminosos do Brasil a realizar esses ataques, a trazer ferramentas novas, compartilhar experiências. Dentre esses outros, tinha um que era morador do interior de São Paulo e que atacou empresas do Tocantins”, afirmou a delegada.

Mesmo com a detenção em agosto, o indivíduo respondia ao processo em liberdade. A nova prisão foi realizada mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva, expedido pelo Poder Judiciário, a partir de representação feita pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) das equipes do Tocantins. O suspeito foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, onde permanecerá aguardando o recambiamento para o estado vizinho.

Comunicação Setorial
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