Segundo a corporação, casos de caça e pesca predatória tem gerado grande preocupação, já que trazem inúmeros prejuízos ao meio ambiente.

Em mais uma ocorrência de crimes ambientais, a Polícia Militar prendeu em flagrante dois homens que praticavam caça e pesca predatória, às margens do lago Serra da Mesa, em Uruaçu, na região Norte do estado. O crime foi registrado nesta segunda-feira (28/09). Com os indivíduos, foram apreendidos 10 kg de pescados e de um animal silvestre abatido, duas espingardas, munições, além de redes e tarrafas.

As detenções foram realizadas pelo Comando de Policiamento Ambiental, por meio do 1º Batalhão Ambiental. Os indivíduos foram levados à Delegacia de Polícia de Uruaçu. De acordo com o 1º Tenente Eurípedes Dias Filho, comandante da 2ª Companhia Destacada de Policiamento Ambiental em Goianésia, ocorrências do tipo tem sido cada vez mais comuns nos últimos dias, algo que traz grande preocupação.

“No período da seca temos um índice maior de desmatamento, queimadas, caça e até a pesca predatória. É bem verdade que muitos dos exemplos ocorrem em toda a época do ano, como é o caso da pesca. Nos últimos dias diversas apreensões foram realizadas pelo Comando de Policiamento Ambiental. Entre elas de animais silvestres abatidos, pesca predatória, armas de fogo e outras relacionadas”, afirmou.

Para o comandante da PM, a caça predatória interfere de forma direta no ciclo de vida dos animais, afetando o papel desempenhado por eles no meio ambiente. “Infelizmente tem sido comum apreendermos peixes abaixo do tamanho permitido, o que faz com que o animal não tenha tido tempo de cumprir o seu papel no sistema. Peixes vítimas de mergulhadores, onde o animal é pego em seu horário de descanso. Muitos são apreendidos com perfurações por arpões. Ainda que a lei 13.025 seja mais rígida nos casos citados, aqueles peixes não voltam para as águas”, explicou.

Segundo o 1º Tenente da Polícia Militar, aqueles animais, que muitas vezes também são vítimas da caça predatória, auxiliam no controle e equilíbrio na cadeia alimentar. Além disso, aves e animais silvestres atuam como dispersores e são responsáveis por quase 90% do transporte de sementes. Durante o processo, chamado de zoocória, os animais levam sementes para outras regiões, reproduzindo espécies novas, em outros locais, contribuindo até mesmo para a restauração de áreas desmatadas.

No caso dos peixes, a preocupação é ainda maior no período de Piracema, referente à reprodução das espécies, que ocorre entre novembro e fevereiro. Nesse prazo, todo o tipo de pesca fica estritamente proibida. Mesmo assim, a fiscalização tem sido intensa em todos os meses do ano, para coibir esses crimes em todo o estado, que trazem inúmeros prejuízos ao meio ambiente.

“O Comando de Policiamento Ambiental tem desencadeado diversas operações, pelos rincões do estado, com o objetivo de orientar e coibir diversas práticas no que diz respeito ao meio ambiente, em cada época do ano existe a propensão para determinadas modalidades de crimes ambientais. As equipes especializadas do Comando de Policiamento Ambiental estão aptas para atuar em todas elas”, pontuou.

Mesmo com os esforços das equipes ambientais da PM, a população exerce um papel fundamental, auxiliando na fiscalização. “O trabalho tem sido intenso. Há muito que se fazer, a começar na conscientização. O Comando de Policiamento Ambiental tem disponibilizado uma linha direta de denúncia, onde o cidadão pode participar denunciando de forma anônima. É o 0800 62 2121. Nos ajude a defender o futuro que é nosso. Juntos podemos nos fortalecer e fazer mais por Goiás”, concluiu.

Comunicação Setorial
Secretaria de Segurança Pública
(62) 3201-1027