PCGO indicia fisiculturista por feminicídio contra sua companheira
Laudos periciais apontaram vários traumatismos na vítima
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, concluiu e remeteu, na sexta-feira (24/05), ao Poder Judiciário o inquérito que apurou as agressões praticadas por um fisiculturista contra sua companheira, resultando na morte da mulher após ficar hospitalizada. O homem foi indiciado por feminicídio consumado.
Instruíram o inquérito várias provas, testemunhas e imagens que mostraram, inclusive, quando o agressor chega ao hospital chamando por socorro. Ele teria levado a mulher ao hospital alegando que ela teve um acidente doméstico. Um vídeo mostra quando ela é socorrida e retirada do veículo, com muitas lesões e aparentemente desacordada. Ao ser atendida, os médicos desconfiaram da situação e acionaram a Deam suspeitando de crime de violência doméstica.
Os laudos periciais apontaram vários traumatismos na vítima. A delegada titular da Deam Aparecida, Bruna Coelho, ouviu ainda uma mulher que teve um relacionamento extraconjugal com o autor. Ela contou que também sofreu agressões físicas e foi perseguida por ele. “Além disso, esta mulher e a esposa da vítima tatuaram o nome do fisiculturista no corpo, a pedido dele, o que aponta o quanto o autor era persuasivo e agia de modo a dominar psicologicamente a vítima”, declarou a delegada.
O autor está preso preventivamente desde o dia 17 de maio. Ele já tem passagens no Distrito Federal por violência doméstica. Em seu interrogatório, optou por permanecer em silêncio. A prisão foi mantida pelo Poder Judiciário em audiência de custódia e agora ele deve responder pelo feminicídio consumado, cuja pena varia de 12 a 30 anos.
Fotos: Divulgação/PCGO
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