PC investiga vereadora de Uruaçu suspeita do fornecimento de remédios de forma fraudulenta

Principal suspeita é de que crimes tenham sido realizados com o objetivo de comprar votos, durante as eleições municipais de 2020. Dois médicos também são investigados na ação.  

A Polícia Civil de Goiás cumpriu na manhã desta quinta-feira (25/03) dois mandados de busca e apreensão, na casa e no gabinete de uma vereadora, na Câmara Municipal de Uruaçu, região norte do Estado. A parlamentar e dois médicos são investigados pela suposta emissão de guias médicas e fornecimento de medicamentos controlados de forma fraudulenta. O cumprimento dos mandados foi realizado durante a Operação Falsas Intenções, deflagrada pela Delegacia de Polícia (DP) do município.

Segundo o delegado Fernando Martins, responsável pela apuração, a vereadora, com auxílio de dois médicos não credenciados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), teriam emitido guias médicas de forma indevida, a diversas pessoas na cidade.  “Recebemos notícias e investigamos irregularidades no encaminhamento de pessoas para o SUS aqui da rede municipal, tendo em vista que essa vereadora captava pacientes, que sequer eram levados aos médicos para fazer esses atendimentos. Ela também fornecia medicamentos sem a autorização legal”, disse.

Em um dos casos, os suspeitos teriam indicado um problema na próstata para uma paciente do sexo feminino. A situação foi comprovada por meio de um documento encaminhado pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) e pela Secretaria Municipal de Saúde de Uruaçu. “Uma das guias, fornecida por um médico aqui da região, indicava que a paciente, uma mulher, teria um problema de hipertrofia prostática, e nós sabemos que a glândula da próstata é eminentemente masculina, o que dá a entender e nos faz crer que esse atendimento não existiu”, pontuou.

Durante as buscas, foram apreendidos diversos remédios de uso controlado, computadores e guias de encaminhamento do SUS. A principal suspeita, de acordo com o trabalho investigativo, é de que as fraudes ocorriam com o objetivo de angariar votos, durante as eleições municipais de 2020. “Era uma captação de sufrágio. Ela estava ganhando votos e foi uma das mais bem votadas no pleito municipal, que se passou no ano passado, como vereadora do município”, informou o delegado.

Os investigados respondem, no inquérito policial, pelos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e por fornecimento ilegal de medicamentos. Ao todo, 20 policiais civis participaram da Operação Falsas Intenções, que teve o apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) e da  Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Uruaçu, do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Niquelândia e da Delegacia de Polícia (DP) de Mara Rosa.

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