Até então, foram presos 11 suspeitos de crimes como falsidade ideológica, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro. Golpes podem ter gerado prejuízos de mais de R$ 2 milhões

A Polícia Civil de Goiás (PCGO), em apoio a Polícia Civil do Distrito Federal, cumpriu na manhã desta quarta-feira (22/07) mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no Estado, por meio da Operação Postulatio. A ação teve como objetivo desarticular uma associação criminosa especializada em crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro.

Cerca de 150 policiais foram mobilizados na operação que, em Goiás, cumpriu mandados em Goiânia, Santo Antônio do Descoberto, Aparecida de Goiânia e Goianésia. Durante as buscas foram apreendidos documentos, celulares, computadores, relógios, máquinas de contar dinheiro e seis veículos. Ao todo, foram cumpridos 35 mandados.

As investigações, que começaram em outubro de 2019, apontaram que os suspeitos faziam uso de documentos falsos para se passar por titulares de um precatório (indenização paga pelo governo por meio de processos julgados pela Fazenda Pública). Depois disso, vendiam a terceiros, com desconto, este “direito” de receber do Estado. Os precatórios eram decorrentes de ações judiciais no Pará, Minas Gerais, Tocantins e Sergipe. As vítimas só passavam a ter conhecimento do golpe quando eram habilitadas no processo judicial.

Segundo a polícia do DF, os documentos falsos também eram utilizados para a abertura de contas em instituição bancária no Distrito Federal. Ainda de acordo com a corporação, os integrantes do grupo criminoso possuíam várias identidades, CPF e CNPJs. Um deles chegava a ter seis identificações.

Durante as diligências, 11 pessoas foram presas em Goiás e no DF. Até o momento oito vítimas do esquema já foram identificadas. A polícia estima que os golpes possam ter gerado prejuízos de mais de R$ 2 milhões.

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