Operação da Polícia Civil prende cinco por sonegação de impostos e fraude em Goiânia e Goianésia
Associação criminosa usava empresas de fachada para transportar álcool, combustível e açúcar sem o recolhimento de tributos
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), deflagrou nesta terça-feira (26/11), a Operação Orange Black, que tem como principal objetivo desarticular uma associação criminosa responsável por fraudes em pagamento de impostos em Goiás. Cinco pessoas foram presas e dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia e Goianésia. A operação foi realizada de forma conjunta com a Secretaria da Economia.
De acordo com as investigações, o grupo falsificou contratos sociais de empresas antigas e que estavam fora de operação. Sem que os proprietários soubessem, elas eram transferidas para o nome de “laranjas”. Em seguida, as empresas eram usadas para emissão de documentos de transporte sem recolhimento dos devidos impostos. “Dinheiro desviado de impostos é dinheiro que deixa de ser investido na educação, na saúde, na segurança e em outras áreas que podem beneficiar a população. Por isso, uma das marcas da gestão do governador Caiado é o combate permanente à corrupção. É preciso mudar essa mentalidade de que é possível burlar o poder público”, afirmou o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda.
O grupo teria constituído, de forma fraudulenta, pelo menos 15 empresas transportadoras. Em uma das empresas de fachada, foi gerado um débito de ICMS de mais de R$ 2 milhões em apenas dois meses, o que causou prejuízo aos cofres públicos. Em quatro meses, a movimentação teria sido de R$ 5 milhões. As empresas de fachada estavam em nome de mulheres, que tinham ciência do crime. Elas também já possuem passagens pela polícia. “Estancamos uma grande fraude e ainda evitamos potenciais de desvios ainda maiores. Nas investigações, foi constato que o grupo já se articulava para agir em outros estados do País”, ressaltou Rodney Miranda.
Segundo o delegado Marcelo Aires, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária, a quadrilha agia de forma bastante estruturada. “Era um grupo muito bem organizado. Participavam do esquema administradores, contadores, advogados e empresários. Se essa associação criminosa não fosse parada, certamente, o rombo seria ainda maior”, explicou.
Os produtos transportados no esquema eram de valor elevado. “A organização criminosa foi totalmente estruturada para fazer o transporte de álcool, combustível e açúcar. Tudo isso era feito com a emissão de documento fiscal sem o recolhimento de tributos”, destacou o superintendente Controle e Fiscalização da Secretaria de Economia Mário Mattos Bacelar.
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