Operação da PCGO apura crime de extorsão em que autores simulavam investigação policial

Vítima pagou R$ 400 mil após suspeitos usarem nome de um delegado de uma Delegacia Especializada de Goiânia

A Polícia Civil do Estado de Goiás, em ação realizada pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cumpriu, na manhã desta terça-feira (27), mandados de busca e apreensão e prisão temporária de três pessoas investigadas pela prática do crime de extorsão. O crime apurado ocorreu no ano de 2021, quando dois suspeitos levaram a vítima a transferir R$ 400 mil para a conta da filha de um deles. Segundo a corporação, os mandados foram cumpridos em Goiânia.

Na ocasião, o advogado depositou a quantia por acreditar que era alvo de investigação criminal em uma delegacia e tal valor, segundo foi comunicado por um dos autores, seria para que as supostas investigações fossem interrompidas. Após o pagamento, os investigados ainda tentaram extorquir novamente a vítima com o mesmo modus operandi.

De acordo com o delegado do caso Klayter Camilo, para cometer o crime, os investigados usaram o nome de um delegado de uma Delegacia Especializada em Goiânia, e disseram à vítima, que este delegado estava cobrando uma propina para paralisar um investigação criminal.

A Draco também efetuou a prisão, durante o cumprimento dos mandados de busca e de prisão, da filha de um dos investigados, ela é a titular da conta que recebeu as transferências. As investigações, porém, mostraram que ela não sabia da extorsão, e como o pai também movimentava a conta, sequer tomou conhecimento da transação. Após ser ouvida como testemunha, a mulher foi liberada no final da manhã. Já os dois presos na ação responderão por extorsão, delito que tem pena que varia, de dois, até oito anos de reclusão.

“Eles receberam esse valor na conta da filha de um dos investigados. Hoje, foi apurado que essa investigada não tinha conhecimento de que a conta dela estava sendo usada para o recebimento desse dinheiro. Ele pagou esse dinheiro a título de propina,  mas na verdade esse dinheiro foi destinado a quitação de algumas das dívidas que ele tinha, inclusive com um dos investigados, que hoje foi preso”, contou o delegado do caso.

Após o cumprimento dos mandados a investigação prossegue a fim de apurar os detalhes do fato. “Agora, vão ser analisados os dados para prosseguimento da investigação”, completou Klayter.

Fotos: Divulgação/PCGO 

Comunicação Setorial – Secretaria de Segurança Pública – Governo de Goiás

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo