Operação Big Boss: Polícia Civil investiga fraude em licitação na Câmara Municipal de Inhumas

Entre os alvos da ação, estão dois vereadores e a diretora da casa legislativa. Eles são suspeitos de crimes como corrupção passiva e ativa, além de associação criminosa.

A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta quinta-feira (17/09) a Operação Big Boss. A ação, realizada pela Delegacia de Polícia (DP) de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, apura suposta fraude em licitação para reforma do prédio da Câmara Municipal da cidade. Na manhã de hoje, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e três de afastamento de função pública contra dois vereadores e a diretora da casa legislativa.

De acordo com o delegado Miguel Motta, responsável pelo caso, as investigações começaram ainda em maio, após a prisão em flagrante de um dos envolvidos no esquema criminoso. “Ele atuava sobre o comando de um vereador, arrecadando o dinheiro da propina. No decorrer das investigações nós descobrimos o envolvimento do presidente da Câmara e fortes indícios de que a licitação foi fraudada, tendo em vista que as empresas que participaram, nem possuíam sede”, pontuou.

A licitação para a reforma da Câmara Municipal de Inhumas foi realizada em 2019 e finalizada em meados de outubro do mesmo ano. O certame teve valor de R$ 326 mil. Segundo o delegado, a empresa que ganhou o processo não tinha capacidade para prestar o objeto do contrato. “Houve uma subcontratação ilegal para outra empresa, que tinha como proprietário o irmão do indivíduo que foi nomeado como fiscal de contrato na licitação. Temos então todos esses indícios de que houve fraude e manipulação para que essa empresa ganhasse e fizesse o pagamento de propina aos envolvidos”, destacou.

Dentre os suspeitos afastados do cargo público, durante a operação, está a diretora da casa legislativa. As investigações apontaram que ela atuava auxiliando na manipulação das notas fiscais, para a liberação da verba e pagamento do contrato feito para a reforma. Durante as diligências desta quinta-feira, os policiais civis apreenderam computadores, celulares, documentos contábeis, notas fiscais, além de R$ 8.900 em espécie, encontrado na casa de um dos políticos.

A Polícia Civil irá agora analisar as provas, para aprofundar as investigações. Segundo o delegado, caso seja comprovada a participação dos vereadores e da diretora da Câmara no esquema, a polícia poderá representar pela prisão dos três. O grupo deve responder pelos crimes de fraude a licitação, corrupção passiva e ativa, além de associação criminosa.

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