Goiás é forte agente no desmantelamento de facções criminosas, afirma Balestreri
Durante entrevista coletiva para apresentar nova Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, titular da SSP diz que estado é o que mais atrapalha negócios do crime organizado e o que mais derruba índices de violência, que começaram a cair há 19 meses. Segundo ele, “o Governo Federal nunca forneceu recursos suficientes para a segurança pública, especialmente para o sistema penitenciário dos entes federados”
Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (05/01) para apresentar a nova Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, o titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP), Ricardo Balestreri, afirmou que o Estado é “forte agente no desmantelamento de facções criminosas e na identificação da origem dos motins ocorridos nos últimos dias nos presídios goianos”.
“Estas rebeliões são orquestradas pelo crime organizado, conforme farto material que recebemos das equipes de Inteligência da Secretaria; este é um novo tipo de crime, que é a atividade mais lucrativa do planeta”, relatou.
“Eles (os criminosos) dizem que há dois adversários a se enfrentar: o rival – um grupo do Rio de Janeiro – e o Estado, que eles afirmam que atrapalha o negócio deles”, conta Balestreri. “E o estado que mais atrapalha o negócio deles é Goiás”, disse.
O titular da SSP destacou a posição geográfica do estado no contexto da distribuição de drogas e armas para grupos criminosos em todas as regiões do país. “Goiás é um estado geoestratégico que, pela localização e proximidade com o Distrito Federal, tem sido alvo de uma intensa operação de crime organizado; este é um fenômeno profundamente articulado e poderoso”, reforçou o secretário.
“Goiás se tornou, ao longo dos dois últimos anos, alvo de uma intensa ação do crime organizado, portanto, não estamos mais falando da velha atividade criminal, mas de algo novo, largamente articulado”, observou, ao enfatizar o trabalho das polícias goianas no combate a esse tipo de crime.
“Somos o estado que mais derruba índices criminais”, destacou Balestreri. “São 19 meses de queda de diversas ocorrências criminais, um ano de derrubada de 11 índices de um total de 12 que são acompanhados pela SSP. E, por fim, quatro meses de declínio de todos os índices criminais no estado”, afirmou o titular da Segurança Pública. Ele lembrou que esses dados são amplamente disponibilizados, sujeitos a comparações e análises de profissionais da área de pesquisa.
Sobre as dificuldades do sistema penitenciário do estado, Balestreri foi enfático ao relatar que “o Governo Federal nunca forneceu recursos suficientes para a segurança pública, especialmente para o sistema penitenciário dos estados”. E citou, como exemplo, os R$ 32 milhões enviados pela União ao estado de Goiás, utilizados na construção do Presídio de Planaltina de Goiás. “São recursos pequenos, mas que estão sendo bem utilizados”, concluiu.
Separação
Sobre a criação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Ricardo Balestreri afirmou que a lei que instituiu o órgão não surgiu em decorrência dos últimos acontecimentos dentro da Colônia Agroindustrial do regime semiaberto, em Aparecida de Goiânia. Segundo declara, essa tem sido uma defesa dele ao longo dos mais de 10 meses em que está à frente da SSP. “Quem prende não pode ser a mesma instituição que guarda os presos”, afirmou.
FOTOS: JOTA EURÍPEDES
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