Excelência nas alturas
Talvez ele possa ser considerado o caçula desta Liga da Justiça goiana, mas, definitivamente, para Bruno César Ferreira Lopes, de 30 anos, a idade não precisa andar em uma rua paralela ao comprometimento. Estes substantivos, juntos na vida do rapaz, antecedem o verbo que ele procura desde adolescente: salvar. “É coisa de menino, mas ser bombeiro sempre foi uma inspiração para mim. Eu juntei minha vontade com a oportunidade”, ensina o soldado combatente.
A chance de viver o sonho se materializou há três anos, quando Bruno entrou para a Corporação goiana depois de prestar concurso. Formado em Engenharia Elétrica, ele trabalha, há pouco mais de seis meses, no Centro de Operações Aéreas, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. A meta sempre foi essa mesma: prestar um serviço de excelência com a adrenalina nas alturas.
Segundo Bruno, as ocorrências atendidas pelo resgate aéreo dos Bombeiros são aquelas que exigem muito treinamento e responsabilidade. A equação é bem simples: encurtar tempo e distância para alcançar êxito na operação. E, diferentemente do resultado de uma conta matemática, aqui falamos de vidas. “Atendemos a casos de extrema urgência, como resgate de pessoas que estão presas em ferragens, vítimas de paradas cardíacas, acidentes de trânsito, queimaduras e afogamentos”, exemplifica.
Uma das ações realizadas pelos Bombeiros recentemente arrancou um suspiro – de alívio – do militar. Um adolescente de 14 anos ficou cinco minutos submerso no Rio Meia Ponte. “Decolamos do Santa Genoveva e, com três minutos de voo, chegamos ao local. A reanimação durou mais de meia hora. Já estávamos considerando a possibilidade de chamar a Polícia Civil, já que a criança não reagia. Mas o desfecho foi feliz. É preciso tranquilidade.”
Rotina
Assim como no Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar, o helicóptero do Corpo de Bombeiros, normalmente, também alça voo com cinco pessoas a bordo: a diferença é que, entre os tripulantes, é preciso ter um médico e um enfermeiro. A escala de trabalho é de 24 por 72 horas e a rotina começa às 6h30, com a verificação da aeronave: afinal, ela deve estar de prontidão para qualquer emergência.
De prontidão, também está Bruno. Com o mesmo sonho que um dia iluminou a criança que foi. Salvar vidas! Essa é a sua recompensa diária.
Por Carla Lacerda
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