ESPC recebe personagens históricos da Segurança Pública em Goiás
Evento Café com Histórias e Estórias da Polícia Civil busca preservação e valorização de fatos e memórias da instituição no Estado
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Irapuan Costa Júnior, e o advogado Rivadávia Xavier Nunes protagonizaram o compartilhamento de memórias histórias da segurança pública de Goiás durante o Café com Histórias e Estórias da Polícia Civil, realizado na manhã desta terça-feira (27), na Escola Superior de Polícia Civil. De acordo com o agente de polícia e historiador Bruno Garajal, o evento tem por objetivo promover a cultura na Polícia Civil, preservar e valorizar a sua história, além de construir um acervo documental a partir e fatos, leis e depoimentos.
No encontro, Irapuan e Rivadávia Nunes – foi secretário de Segurança Pública na gestão do governador Mauro Borges Teixeira, de 1961 a 1964 – falaram sobre diversos episódios de suas vidas, todos relacionados à criação e consolidação da Polícia Civil. A tônica do evento foi a criação da Academia da Polícia Civil de Goiás, a profissionalização da carreira e a sua equiparação às demais carreiras jurídicas.
Rivadávia Nunes relatou que ao assumir a Segurança Pública, no início dos anos 1960, o cargo de delegado de polícia tinha sua indicação feita pelos líderes políticos. Ao assumir o governo, Mauro Borges determinou a profissionalização da carreira, com a realização de concursos públicos para provimento dos cargos. Ele também relatou vários episódios envolvendo a intervenção militar no Estado, durante o regime militar, além de ações policiais realizadas.
Irapuan Costa Júnior lembrou a influência que seu pai, Irapuan Sardinha Costa – foi gerente da Polícia de Trânsito durante o governo Mauro Borges – exerceu sobre sua formação política e profissional. Ele enalteceu o trabalho realizado por Rivadávia Nunes. “Meu pai trabalhou com ele”, comentou.
Irapuan Costa Júnior falou também sobre as realizações em prol da Polícia Civil quando governou o Estado, entre 1975 e 1979. “Uma das coisas que me preocuparam era a desigualdade que havia entre as carreiras policiais e outras carreiras de Estado”, salienta. Irapuan citou projeto de lei encaminhado por ele à Assembleia Legislativa, no qual equiparavam-se as carreiras de delegado de polícia à de promotor de justiça e juiz de direito.
Rivadávia Nunes citou o processo de racionalização nos quadros das polícias goianas, com destaque para a criação do cargo de delegado privativo para bacharéis em direito e com provimento mediante concurso público. Também foram criadas as delegacias regionais. O diretor Escola Superior da Polícia Civil, delegado Marcelo Aires Medeiros, também participou do Café com Histórias e Estórias da Polícia Civil.
Fotos: André Costa
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