Empresários suspeitos de fraude em licitações de obras públicas são alvos de operação da Polícia Civil
Foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos que reforçam indícios dos crimes investigados
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), cumpriu nesta quarta-feira (10/07), sete mandados de busca e apreensão em casas de empresários ligados à construção civil, em Goiânia. Trata-se da terceira fase da Operação Mákara, que apura fraudes em processos licitatórios em obras públicas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Foram apreendidos computadores, celulares, pen drives e documentos que reforçam indícios dos crimes investigados.
Mais de 40 empresas que participavam do esquema já foram identificadas. “Os empresários faziam acordos entre eles e escolhiam quem venceria a licitação. Em seguida, o vencedor pagava cerca de 10% aos demais. Isso gerava um aumento muito grande no valor da obra”, explica o delegado Alécio Moreira.
Também é apurado o envolvimento de um servidor público, já afastado, que direcionava para determinadas empresas venceram os processos de licitação. As obras eram de reforma e ampliação de escolas da rede pública.
Até o momento, mais de mil licitações que podem ter sido fraudadas já foram identificadas. “Vamos avançar nas investigações para calcular o valor total desviado dos cofres públicos. Também vamos trabalhar para identificar outras empresas que podem ter se beneficiado com estas práticas criminosas”, ressalta o delegado.
Em maio, durante a primeira fase da operação, o governador Ronaldo Caiado exonerou todos os servidores que, segundo as investigações, participavam do esquema. No mês seguinte, na segunda etapa do trabalho da Polícia Civil, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Goiãnia, Aparecida de Goiânia e São Luís de Montes Belos.
A atual gestão da Secretaria de Estado da Educação colabora, desde o início de 2019, com as investigações. A pasta declarou apoio integral ao trabalho dos policiais. O Governo de Goiás, por sua vez, é contrário a qualquer tipo de irregularidade que possa gerar desfalque ao erário. Medidas de compliance, que combatem, ainda nas fases iniciais, qualquer ato de corrupção na administração pública, já estão sendo implantadas em todas as secretarias de Estado. Nenhum ato que possa gerar prejuízos aos recursos públicos será tolerado pela atual gestão estadual.
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