Crimes trouxeram prejuízo de R$ 731 mil aos cofres públicos.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) apura o crime de dispensa indevida de licitação na Prefeitura Municipal de Nazário, a 70 quilômetros de Goiânia. Os crimes trouxeram prejuízo de R$ 731 mil aos cofres públicos municipais. Durante a operação, da Delegacia Estadual de Combate a Corrupção (Deccor), foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, na sede de empresas e na residência de gestores públicos investigados.

Segundo a apuração, os envolvidos teriam se aproveitado da situação emergencial, decorrente da Covid-19, para celebrar contratos de aquisição de itens de combate à pandemia. Entretanto, os valores foram usados para a compra de produtos supérfluos e com preços elevados. “Identificamos que em um destes contratos, havia produtos de luxo, remédio para emagrecer, produtos de marcas, hidratantes e protetores solares. Isso nos chamou bastante atenção. Por isso começamos a investigar as empresas envolvidas e os demais contratos de legibilidade e licitação”, explicou a delegada Érica Botrel.

De acordo com a titular da Deccor, os suspeitos inicialmente negociavam a contratação com o gestor do Fundo Municipal de Saúde, alegando a compra de itens como medicamentos e insumos, o que não condizia com a realidade das compras efetuadas. “Com isso a empresa do CNPJ principal do esquema criminoso apresenta a receita de bolo para a prefeitura, então a documentação chega com aparência de legibilidade daquela contratação”, ressaltou.

Durante as diligências, os policiais apreenderam a quantia de R$ 22 mil em espécie na residência de um servidor do departamento de compras do município, além de quase 10 mil unidades de medicamentos adquiridos com o dinheiro público, na residência particular de uma servidora. A apuração continua, com a análise dos materiais apreendidos. Além da dispensa indevida de licitação, os suspeitos deverão responder ainda pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva.

Secretaria de Estado da Segurança Pública – Governo de Goiás