Operação Sangria: 10 toneladas de combustíveis furtados são apreendidas pela Polícia Civil

Suspeitos furtavam combustíveis de caminhões estacionados em garagem, no Jardim Novo Mundo. Além do furto, também ocorria adulteração. Combustível era escondido no local e depois revendido. Prática movimentaria meio milhão de reais por mês.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) deflagrou operação integrada com a Agência Nacional do Petróleo, em Goiânia. Cumprindo mandado de busca e apreensão em uma garagem para caminhões no Jardim Novo Mundo, a polícia apreendeu cerca de 10 toneladas de combustíveis, além de tanques, compartimentos, equipamentos e maquinários, usados para armazenar, esconder e distribuir os produtos. Os envolvidos já foram identificados, mas os nomes seguem em sigilo.

Segundo o delegado da Decon responsável pelas investigações, Khlisney Kesser, o combustível era furtado de caminhões-tanque que pertenciam a distribuidoras. “Esses caminhões, antes de abastecer, ou depois de entregar o combustível nos postos, eram deixados no interior da garagem para pernoitar e aguardar novos abastecimentos. Durante esse período, eram retirados restos de combustível ou, depois do abastecimento, era retirada parte do combustível e isso era estocado e ocultado ali dentro”.

Para que os compradores não sentissem falta do combustível furtado, ocorria a adulteração. “A quantidade retirada era completada no caminhão tanque com outros produtos, como Arla ou água. O dono do posto ou da distribuidora recebe o combustível adulterado, sem conseguir verificar a qualidade dele”, explica o delegado.

A Decon apurou que os criminosos movimentavam com a atividade ilícita, aproximadamente meio milhão de reais por mês. Os envolvidos são investigados por crimes contra as relações de consumo, contra o Sistema de Estoques de Combustíveis, associação criminosa, furto qualificado e conexos. “Temos vários envolvidos e vamos pedir a prisão ao poder Judiciário, para que a gente possa erradicar essa prática”, afirma o delegado.

A operação Sangria ocorre desde 2015. As investigações continuam. O combustível e o material apreendidos foram descartados pela ANP, que também multou e interditou a garagem no Jardim Novo Mundo. Segundo as autoridades, além dos crimes investigados, a atividade ilícita expõe a risco toda a vizinhança em face do perigo de explosão e ocorrências correlatas.

Secretaria de Segurança Pública – Governo de Goiás

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