Operação Welfare: Polícia Civil apura fraudes na compra de cestas básicas pela Prefeitura de Itapaci

Crimes teriam sido praticados de 2017 a 2020, com prejuízo de R$ 3 milhões cofres públicos.

A Polícia Civil de Goiás cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (31/08), durante a Operação Welfare. A ação, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), apura possível fraude na compra de cestas básicas, em Itapaci, a cerca de 220 quilômetros de Goiânia.

Os crimes teriam sido praticados entre os anos de 2017 e 2020 durante procedimentos licitatórios para aquisição dos alimentos. De acordo com o delegado José Antônio Podestá, um mesmo estabelecimento comercial do município teria ganhado 11 licitações seguidas, recebendo mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos.

“Foi apurado que o servidor responsável pelo departamento de compras direcionou as licitações para que o próprio supermercado dele fosse vencedor dessas licitações. Embora o supermercado esteja registrado no nome do pai dele, é o próprio servidor que administra o estabelecimento”, informou.

Os alimentos seriam distribuídos pela Secretaria Municipal de Assistência Social a famílias em situação de vulnerabilidade social da cidade. A investigação identificou, contudo, a falta de critério na concessão do benefício e a não entrega dos produtos em alguns casos. “Pessoas inscritas em programas sociais foram ouvidas e afirmaram que não receberam as cestas básicas, durante todo esse período”.

As diligências desta terça-feira foram realizadas em imóveis residências, órgãos públicos e no estabelecimento comercial alvo da apuração. A suspeita, segundo o delegado, é de que outras pessoas estejam envolvidas nas fraudes. “Servidores que participaram das comissões de licitação, que deveriam ter observado essa situação irregular e impedido que acontecesse. Também outras pessoas relacionadas à Prefeitura”, pontuou.

Agora, todo o material apreendido durante a operação será analisado. A investigação está em fase final e deverá ser concluída nos próximos dias. Os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato, com penas que podem chegar a 19 anos de prisão.

Secretaria de Estado da Segurança Pública – Governo de Goiás

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