Mulher é presa pela PCGO suspeita de furtar R$ 127 mil de empresa de eventos, em Goiânia
Crime teria sido praticado 92 vezes. Suspeita também é investigada por furto contra grupo de construtoras. Prejuízo total pode chegar a R$ 150 mil.
A Polícia Civil de Goiás cumpriu, nesta quarta-feira (5/05), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra uma mulher, de 29 anos. Ela é suspeita de furtar, 92 vezes, uma empresa de eventos, em Goiânia. Os crimes teriam gerado prejuízo de R$ 127 mil. A detenção foi realizada no Setor Leste Vila Nova, na capital, por equipes da 23ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP).
De acordo com o delegado Guilherme Conde Correa, a mulher trabalhava como analista financeira da empresa e teria se aproveitado do cargo para realizar o desvio de valores. “Nós iniciamos a investigação e percebemos que, desde o mês de julho de 2020, essa funcionária começou a emitir boletos em benefício próprio e de uma empresa que ela possuía. Maquiava, por consequência, os documentos contábeis da empresa, buscando encobrir as ações delitivas”.
A situação foi descoberta após a demissão da suspeita, em fevereiro deste ano. “A partir daí que os proprietários iniciaram uma devassa nos documentos contábeis e perceberam esses desvios”, informou o delegado. Os policiais civis descobriram ainda que a mulher já era investigada por outra delegacia da capital. O inquérito apurava outro furto praticado contra um conglomerado de construtoras, com a mesma forma de atuação. Somados, os crimes teriam causado prejuízo que pode chegar a R$ 150 mil.
“A Polícia Civil, por intermédio do 23° DP, representou junto ao Poder Judiciário pelo bloqueio das contas, tanto da empresa criada por essa funcionária como dela própria, pela busca e apreensão de objetos e bens, que porventura tivessem sido adquiridos como produto do crime, e também pela prisão preventiva da mesma. O judiciário acatou a integralidade dos pleitos e demos, então, cumprimento da decisão judicial”, explicou.
Durante as diligências na casa da mulher, foram apreendidos um veículo, um notebook e um aparelho celular. Ainda de acordo com o delegado, a suspeita levava uma vida de luxo, com o dinheiro adquirido nos crimes. “Analisando o aparelho celular apreendido descobrimos que, quase diariamente, ela adquiria produtos de luxo, como perfumes e maquiagens, e gastava muito com viagens. Temos informações de viagens para Santa Catarina, Pirinópolis e Rio de janeiro”.
Os indícios levantados durante a investigação apontam que a mulher agia sozinha. Mesmo assim, o trabalho de apuração deverá continuar, com a análise dos dados e objetos apreendidos, para identificar possíveis comparsas ou pessoas que possam ter sido beneficiadas pelas ações criminosas. “Ao ser detida, ela confessou os crimes somente em relação à última empresa. Com relação ao conglomerado de construtoras, ela se reservou no direito de não prestar nenhuma declaração”, completou o delegado Guilherme Correa.
A suspeita deverá responder no inquérito policial pelos crimes de furto qualificado e falsidade ideológica, com penas que podem ultrapassar 11 anos de reclusão. “Tem o agravante de terem sido praticados por 92 vezes, podendo gerar um aumento de pena de até dois terços”, frisou. Os itens apreendidos durante a ação deverão ser restituídos às empresas vítimas. “Estamos representando junto ao Poder Judiciário o sequestro desses bens, para que esses valores, a partir da venda ou de um leilão judicial, sejam revertidos para as vítimas”, concluiu.
Secretaria de Segurança Pública – Governo de Goiás