Ajuda da população é essencial para diminuição dos casos de incêndio, alerta Corpo de Bombeiros

Nesta quinta-feira, a corporação conseguiu extinguir um incêndio em uma área de preservação, após seis dias de trabalho.

Após incansáveis dias de trabalho, o Corpo de Bombeiros Militar conseguiu controlar na noite desta quinta-feira (17/09), as chamas que atingiam o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, às margens da BR-153, entre Goiânia e Goianápolis. Nesta sexta-feira (18/09), os militares seguem no local realizando o monitoramento e ainda o trabalho de rescaldo para que não haja reincidência do incêndio.

O fogo na área do parque teve início ainda na última sexta-feira (11/09) e se propagou rapidamente, por conta da vegetação seca. Desde então, 50 bombeiros militares vieram atuando no local, com a ajuda de voluntários e brigadistas. De acordo com o tenente dos Bombeiros Thyago Rodrigues, oficial de informações públicas da Operação Cerrado Vivo, o tipo de vegetação da reserva dificultou o trabalho.

“O Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco possui algumas características ímpares, uma vegetação densa e alguns locais de difícil acesso para os militares. Foram aproximadamente 1.300 hectares queimados, o que equivale, em média, a 30% do parque consumido pelas chamas”, pontuou.

Os bombeiros utilizaram diversas estratégias para conter as chamas no parque. “Durante todo esse período, os militares atuaram no local, realizando o combate direto, o monitoramente e fazendo utilização de drones para ampliar o campo de visão. O Corpo de Bombeiros está fazendo ainda o monitoramento via satélite e isso foi muito utilizado no parque”, afirmou.

De acordo com o tenente, a atual época do ano contribui significativamente para a incidência de queimadas, por conta das condições climáticas. “Nós temos ventos fortes, acima de 30 km por hora, temos a umidade relativa do ar abaixo dos 30% e temperaturas muito elevadas, sempre acima de 30°. Isso propicia, junto da vegetação que está muito seca, um combustível para os incêndios florestais”, explicou.

A situação é motivo de grande preocupação, já que os incêndios trazem inúmeros prejuízos ao meio ambiente e também aos seres humanos. “Os efeitos de um incêndio florestal são devastadores. O primeiro que acontece é a mortandade dos animais ou no mínimo o afugentamento deles do seu habitat natural. Fora a flora de todo parque, que demora a se recompor. A fumaça também é tóxica, já que possui fuligem e afeta diretamente o sistema respiratório”, explicou.

Todos esses motivos reforçam a importância de participação da população, quando se trata de prevenção. O tenente lembrou ainda que, por meio de um decreto federal, todo tipo de queimada em vegetação está proibido, inclusive em áreas rurais. “Nós sempre solicitamos para que a população seja parceira, não ateie fogo em vegetação jamais. Mesmo incêndios urbanos em lotes baldios se configuram crimes de poluição ambiental”, ponderou.

O oficial de informações públicas da Operação Cerrado Vivo ainda alertou os motoristas que trafegam em rodovias, para que evitem jogar objetos na vegetação. Pequenas atitudes como essa, auxiliam na diminuição de focos de incêndios e ajudam a preservar o meio ambiente. “Jamais ateiem bitucas de cigarro, cacos de vidro, garrafas plásticas. Esse tipo de material pode gerar grandes incêndios florestais. Que a gente consiga terminar esse mês de setembro preservando o nosso meio ambiente, respeitando a nossa fauna e a nossa flora”, concluiu.

Comunicação Setorial
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