Polícia Civil prende duas mulheres suspeitas de extorsão

Investigações mostraram que o crime teria sido praticado por dois anos.

Após um mês de investigação, a Polícia Civil de Goiás prendeu, na última segunda-feira (31/08), duas mulheres. Elas são suspeitas de praticar o crime de extorsão contra um idoso, de 72 anos. A dupla teria causado prejuízos a vítima que ultrapassam o valor de R$ 400 mil. As prisões foram realizadas pelo Grupo Antissequestro (GAS), núcleo da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo a apuração policial, uma das detidas, que tem 24 anos, conheceu o idoso em 2018, em um bar de Goiânia. Na ocasião, os dois iniciaram um relacionamento. Algum tempo depois, a mulher informou falsamente à vítima que estava grávida e que havia feito um aborto, pedindo dinheiro para custear o tratamento médico. A suspeita então ameaçou o idoso, dizendo que, caso não colaborasse, o levaria às autoridades por ter consentido no suposto aborto. Com medo, a vítima começou a repassar constantemente os valores exigidos.

A polícia apurou que a mulher teria ainda criado um perfil falso nas redes sociais, se passando por um tio, chamado “Divino”, que seria capitão da PM. Com a conta falsa, a suspeita deu continuidade às extorsões, que ficaram cada vez mais violentas, com ameaças de morte caso a vítima não repassasse dinheiro para o pretenso tratamento médico. As investigações mostraram ainda que a diarista da jovem, uma mulher de 55 anos de idade, passou a fazer parte do esquema criminoso.

A diarista se apresentava como a pessoa que estava cuidando da jovem por conta do tratamento médico. Com isso, passou também a exigir dinheiro para custear o tratamento, sob pena de autorizar “Divino” a matar ou prender o idoso. As extorsões tiveram também o auxílio do então namorado da jovem, um homem de 38 anos de idade, que passou a receber parte do valor repassado pelo idoso. As mensagens de ameaças eram enviadas diariamente e os pagamentos eram feitos através de cheques, transferências bancárias, depósitos e em espécie.

Segundo a polícia, o crime foi realizado por cerca de dois anos. As extorsões, de acordo com as investigações, se tornaram o meio de vida da jovem que foi detida, que não possuía nenhum tipo de ocupação, mas que mantinha um estilo de vida confortável. Ela morava em um apartamento no Setor Cândida de Morais, em Goiânia e chegou a usar o dinheiro do crime para a realização de cirurgias plásticas, tratamentos estéticos, compra de eletrônicos, celulares de última geração, bolsas e sapatos.

A suspeita foi detida, junto à diarista, em sua residência. No momento da detenção, as duas tentavam extorquir, mais uma vez, o idoso, exigindo dois cheques, um de R$ 7 mil e o outro de R$ 4 mil. Já o atual namorado da jovem chegou a ser levado para a Delegacia e foi interrogado. Contudo, como não havia situação de flagrante, ele foi liberado. A prisão das investigadas foi convertida em preventiva, pelo Poder Judiciário, após audiência de custódia. Com isso, as duas foram encaminhadas à Casa de Prisão Provisória (CPP).

Após análise no celular de uma das suspeitas, a Polícia observou que ela mantinha diversos relacionamentos com homens geralmente mais velhos, sempre informando, em algum momento da conversa, que estava grávida, para utilizar o fictício aborto como meio de extorsão. Por isso, as investigações deverão continuar, no intuito de identificar novas vítimas.

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