Para pensar formas de responder essa questão,  a 4ª Roda de Conversa do Projeto SEMEAR, que aconteceu nesta quarta-feira (04/3), trouxe convidados de diferentes segmentos ligados à produção, à manifestação e à promoção da cultura no estado de Goiás.

O PequiLab, Laboratório de Inovação da Escola de Governo, foi o espaço escolhido para essa conversa realizada em caráter informal e que deve propiciar o surgimento de sementes para ações e projetos inovadores, enfatizou Roberta Costa, Superintendente da Escola de Governo, ao recepcionar os convidados.

Um panorama foi feito pela servidora pública Alessandra Lessa, também coordenadora da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABC Pública), sobre a comunicação nas sociedades democráticas e enquanto direito das pessoas e as diversas instituições e instrumentos pelos quais a comunicação pública se organiza no estado de Goiás como, por exemplo, a Agência Brasil Central, o Diário Oficial, a Televisão e a Rádio Brasil Central, as ouvidorias, os portais, as redes sociais, podcasts entre outros. Alguns desses instrumentos ora lidam com a informação, ora estabelecem um fluxo contínuo de troca no âmbito da comunicação pública.

Décio Coutinho, fomentador da Economia Criativa em Goiás, convidou os participantes a elencarem as manifestações culturais de Goiás que julgassem mais representativas. O exercício resultou na constatação dos vários goiases dentro de um Goiás e na imensa diversidade que é a nossa riqueza cultural.

Junto à constatação, vieram as provocações e os desafios propostos pelos convidados ao questionarem porque tanta diversidade cultural não se materializa nas diferentes frentes como educação, economia e outras bases de desenvolvimento, já que estamos em cima de um verdadeiro “pré-sal da cultura” e a criatividade é o petróleo do século XXI.

Segundo Coutinho, a roda de conversa pode auxiliar na busca de soluções para problemas apontados em pesquisas feitas com artistas e artesãos, relacionados à comunicação e à gestão do seu empreendimento cultural.

Questionou-se também como fazer uma comunicação pública das manifestações culturais de maneira responsável, não adotando uma mera divulgação, haja visto os aspectos de invisibilidade, informalidade e a injustiça cognitiva que recorrentemente cercam o fortalecimento da cultura regional.

O esboço de algumas propostas foram apresentados e diante da complexidade do problema, Marcia Schiavon, responsável pela Gerência de Gestão do Conhecimento e Estratégia da Escola de Governo, sugeriu o uso da Incubadora de Soluções do PequiLab para a construção de ideias que possam fazer da comunicação pública um instrumento de fortalecimento e impulsão da cultura regional de Goiás.

Estiveram presentes representantes da Secretaria de Comunicação do Governo, Agência Brasil Central, Universidade Federal de Goiás, Comissão Goiana de Folclore e Secretaria de Estado da Cultura, além de representantes autônomos de diversos segmentos culturais.