Cine Teatro São Joaquim recebe espetáculo André, em Goiás

    O monólogo volta aos palcos com temas atuais tratando sobre relações humanas e afeto.

Nesse sábado (11/01), às 19h, o Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Cultura de Goiás (Secult Goiás), recebe o espetáculo André. A peça adentra o universo de Eterno, protagonista que segue numa descoberta sobre as angústias do passado. O espetáculo teatral propõe uma reflexão sobre as relações humanas e convida o público a desvendar pequenos segredos ao longo da dramaturgia. Logo após a apresentação, o público é convidado a uma conversa com o ator Pedro Vilela. A programação é gratuita.

Com fomento da Lei Goyazes, edital 2017, o projeto de circulação realiza apresentações, oficinas e debates.  Ao todo, serão realizadas 10 apresentações do espetáculo André, em cidades goianas. Seis delas abertas ao público e quatro voltadas a estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

Além da cidade de Goiás, são contempladas com a apresentação do espetáculo: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis, Trindade e Anápolis. Todas as apresentações são gratuitas e os ingressos são retirados nos locais.

 

Retorno aos palcos

André é um espetáculo que fala sobre o que temos de humano como amor, mágoa, raiva e perdão. A primeira versão teve estreia em 2012 e, nesse ano, retorna aos palcos com a relevância e reflexão do momento em que vivemos. “Em 2019, vimos a nossa sociedade dividida por questões raciais, políticas e religiosas. Os ânimos se exaltaram e partimos para o confronto, mas sem perceber que estamos no mesmo barco. É preciso nos olhar, um olhar de afeto e sem animosidade apesar das diferenças. Com André propomos também essa reflexão”, comenta o ator Pedro Vilela.

Desde sua estreia, há sete anos, o espetáculo passou por mudanças. A montagem amadureceu, mas o espetáculo não perdeu sua essência, como ressalta Pedro. “Por ser um monólogo, tenho muita liberdade para criar e improvisar à medida que ele acontece, mas a essência continua a mesma. Mostrar que somos seres humanos. Somos mais iguais do que diferentes”, conta.

A abordagem intimista de André tem idealização do ator Pedro Vilela e produção de Aline Isabel. Por ser um espetáculo mais reservado, o público é limitado. Cada apresentação recebe no máximo 60 pessoas que, ao final da encenação, podem participar de um debate com o ator sobre a história e temas abordados.

 

Eterno

André conta a história de Eterno, homem de meia idade que se enclausura em uma casa abandonada ao lado de uma velha estação de trem, e ali permanece, anos a fio, na expectativa de seguir viagem. O trem, de seis em seis meses, rompe o silêncio ensurdecedor naquele ermo de espera, transportando a todos que procuram seguir adiante.  Eterno é um desses. Porém, ele embarca numa viagem no profundo universo do seu inconsciente para tentar compreender o verdadeiro motivo de estar ali.

Só o tempo e as lembranças na reconstrução de um quebra cabeça de si mesmo, colocarão Eterno a perceber que a lâmina do ódio é curva, e que o mal que fazemos ou desejamos ao outros, fazemos ou desejamos a nós mesmos.

Assim, André pode ser visto como um espetáculo que emociona tanto pela temática que aborda, quanto pela forma como é levado a público. De forma simples e bonita, exalta o exercício da alteridade e do perdão como forma de retomada do crescimento da espiritualidade na luta que cada um encara em sua reforma íntima.

 

Comunicação Setorial – Secult Goiás

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