Goianos buscam intercâmbio com a Nova Zelândia

Marcos Villas Boas

Um encontro de representantes de dois estados altamente interessados em se conhecer. Hoje (18/02) foi um dia inteiro em Wellington, a capital política do país, para a comitiva goiana na Oceania aprender sobre a Nova Zelândia e ensinar sobre Goiás. A agenda do governador dedicou-se a expor as características de Goiás e buscar aproximação de interesses na área de educação, turismo e pecuária – o tripé da economia neozelandesa. Marconi Perillo apresentou um seminário, com aspectos do estado que governa, para investidores e empresas que vislumbram negócios com o Brasil, convidados a iniciar seus planos por Goiás.

Em visita à Agência Nacional de Turismo da Nova Zelândia, Marconi colocou o Governo de Goiás à disposição para um trabalho de interesse bilateral, tanto para intercâmbio de turistas, como para divulgação dos atrativos turísticos mútuos. O grande desafio para ambos é a dificuldade de locomoção entre os dois destinos, já que entre o Brasil e a Nova Zelândia a distância a ser percorrida é o limite da capacidade de voo da atual tecnologia de aviação comercial. Os neozelandeses fazem propaganda intensa do país e usam como tática o contato direto com turistas em potencial.

Marconi e comitiva também se encontraram com representantes da New Zeland Education, uma espécie de agência de ligação entre o setor educacional e o lado comercial que ela representa para o país. Ele falou sobre o interesse de Goiás em realizar intercâmbio de estudantes, como prevê o programa Goiás Sem Fronteiras – uma das âncoras do projeto Inova Goiás.

Em visita ao Parlamento neozelandês, fez um balanço dos interesses de Goiás no estreitamento das relações com a Nova Zelândia. Como nos demais países fiéis à coroa inglesa, os ministros do governo são parlamentares que continuam no exercício do mandato e respondem pela agenda pública. O deputado, presidente do parlamento e ex-ministro da agricultura, Hon David Carter, recebeu a comitiva como especialista nas relações entre a Nova Zelândia e a América Latina. Carter mostrou interesse e prometeu esforço para diminuir a distância que separa os dois países, inclusive quanto ao conhecimento mútuo. A estratégia que combinaram foi a de encorajar a aproximação entre os jovens dos dois países, acreditando que novas gerações serão capazes de promover essa aproximação.

Em todos os encontros, o governador se esmerou para explicar os efeitos e as possibilidades futuras da economia e da política no Brasil. Manifestou otimismo em relação à recuperação e se declarou incentivador de reformas estruturais a cargo do Governo Federal. O governador procurou mostrar a possibilidade de transformar a crise em oportunidades, principalmente para os investimentos estrangeiros.

O embaixador brasileiro em Wellington, Eduardo Gradilone, reforçou a ideia de que os estudantes são os grandes embaixadores do Brasil junto aos demais países. Nesse sentido, Marconi Perillo propôs que a Victoria Institute for link with America Latina – VILLA – lance convite para que um goiano possa fazer parte do conselho de planejamento da University Victoria.

O embaixador aplaudiu a ideia e antecipou interesse em tornar concreta a execução do Goiás Sem Fronteiras em relação à Nova Zelândia. Para o país, serviços educacionais representam a terceira força da economia, depois de pecuária e do turismo. A VILLA também está interessada nos efeitos do programa Goiás sem Fronteiras que anuncia intercâmbio de estudantes.

Marconi Perillo manifestou também interesse em incentivar estudos de brasileiros sobre a cultura Maori, que é uma etnia indígena detentora das terras neozelandesas e que cobra caro pela entrada dos colonizadores ingleses. Com os acordos de ocupação, os Maoris formaram um dos maiores fundos financeiros do mundo, estimado hoje em 40 bilhões de dólares.

Com grande poder econômico e ocupação dos principais espaços políticos, os Maoris influenciaram até a agenda do governador Marconi Perillo e comitiva de Goiás. Todos foram recebidos na grande sala de reuniões que retrata a história e a cultura dos indígenas. A própria cidade, seus museus e teatros retratam a história do país que foi e continua sendo indígena. No caso da Nova Zelândia, indígenas bem sucedidos que dominam o capital, a política e a cultura locais.

FONTE: Gabinete de Imprensa do Governador de Goiás

 

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