Semad mobiliza apoio para estudante da UFG participar de assembleia na ONU
A estudante goiana Bárbara Borges, que tem 23 anos e está no 7º período de Direito na Universidade Federal de Goiás (UFG), foi convidada para participar de um debate na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 22 de abril. Para arcar com os custos da viagem, Bárbara está vendendo rifas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) entrou na campanha para viabilizar a viagem da estudante.
“Fui convidada pela ONU para participar da assembleia do Dia Internacional da Mãe Terra, que vai acontecer na cidade de Nova York. Vai ser um momento de muito conhecimento, muita troca de saberes, de discussão, de debate, de encontros com várias autoridades e pesquisadores do mundo inteiro. Pra realizar esse sonho, preciso juntar um valor muito grande. E pra conseguir, estou fazendo uma rifa, cujo valor é R$ 20 o número e o prêmio é de R$ 300, ou o ensaio fotográfico produzido por mim”, diz Bárbara no vídeo que foi publicado nas redes da Semad.
“De antemão, gostaria muito de agradecer a Semad, principalmente na pessoa da secretária Andréa Vulcanis, que se dispôs a me conhecer, conhecer minha história, e me apoiar nessa missão gigantesca que é apoiar o Estado de Goiás e o Brasil na assembleia”, complementa a estudante. O sorteio da rifa acontece no dia 18 de abril. O pix dela é 62 98552 3956.
Pesquisa
Bárbara começou os estudos sobre direitos da natureza com o professor da UFG e pesquisador Fernando Dantas, e já na pesquisa havia parceria com o programa Harmony with Nature, da ONU. Essa foi a porta de entrada para que recebesse o convite da coordenadora do programa, Maria Mercedes, para comparecer à assembleia das Nações Unidas.
“Minha pesquisa se pauta em princípios dos povos originários e busca trazer a relação de respeito que esses povos têm com a mãe terra para nossa civilização atual. É uma quebra de ideias e, por isso, atrai a atenção da ONU, é uma forma de luta para que natureza seja sujeito e não objeto e, portanto, seja escrita com ‘N’ maiúsculo”, conta Bárbara.
A estudante afirma que o campo de estudo dela é relativamente novo no mundo do Direito, mas que ocupa destaque cada vez maior em razão dos impactos das mudanças climáticas. “Estamos cada vez mais convencidos de que precisamos olhar para as catástrofes ambientais e entender que a natureza merece ser discutida com atenção”, complementa.