Plebe Rude: três décadas revisitadas no Canto da Primavera


Texto: Rafael Vaz

Foto: Flávio Isaac

 

Com o centro histórico de Pirenópolis lotado, a banda Plebe Rude fez show neste domingo, 21 de dezembro, no Canto da Primavera 2014. Mostrando que está em ótima forma após cerca de 30 anos de trajetória, o grupo apresentou canções poderosas, que comprovaram sua evolução sonora e poética. Letras inteligentes e marcantes, sempre com influências do punk, as músicas embalaram o público no último dia de festa.

No repertório preparado especialmente para o festival, a Plebe Rude resgatou sucessos que marcaram época e também as canções que compõem o novo disco, Nação Daltônica. Músicas como Medo, O que se faz e A ida foram algumas das canções que empolgaram os fãs que prestigiaram o show.

Presente no epicentro das mudanças que formaram a história moderna brasileira, a Plebe Rude nasceu em Brasília, nos últimos anos da Ditadura Militar. Considerada uma das criadoras do movimento punk do Planalto Central, a banda conviveu com a censura e a repressão. O sucesso veio logo no disco de estreia, O concreto já rachou. Lançado às vésperas da arebertura política, as músicas se transformaram em verdadeiros hinos, dando voz à juventude durante a campanha pelas eleições diretas.

O segundo trabalho, Nunca fomos tão brasileiros, que ajudou a consolidar o rock nacional, foi apresentado na mesma época que a Constituição de 1998. Desde então, a Plebe Rude tem sido referência e modelo para novas bandas brasileiras. No total, a Plebe Rude já vendeu mais de 500 mil cópias de seus discos. O novo álbum da banda, o sexto da carreira, possui uma produção impecável. Gravado inteiramente em Brasília, o trabalho impressiona pela qualidade. A Plebe [e formada por Philippe Seabra (guitarra e voz), André X (baixo), Clemente (guitarra e voz) e Marcelo Capucci (bateria).

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