CANTO DA PRIMAVERA Bandas transformam teatro e cinema em baile de música brasileira


Reportagem: Clenon Ferreira

Quem passasse no Teatro São Sebastião Pompeu de Pina na noite da última quinta-feira, 10, iria se surpreender com o baile musical que o espaço se tornou após a apresentação do grupo Diabo à Quatro. Intitulado “Choro: Atualizando a Tradição”, a banda foi destaque no Canto da Primavera 2015, com uma performance que uniu baião, choro e samba. O título refere-se ao repertório do grupo, que apresentou músicas autorais baseadas na tradição da musica popular, e que flertam com a forma moderna de se tocar a música brasileira.

“Música é para ser escutada, sentida”, foi o que a dona Carmem da Silva, 56, reiterou enquanto se espremia entre os que preferiram assistir ao show de pé. Uma noite antes, na abertura do Canto, na quarta-feira, a Secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira já havia ponderado: “Precisamos de espaços em que o foco seja as atrações regionais. A edição 2015 do Canto é para ver, ouvir e sentir”.

Antes da apresentação da Diabo à Quatro, o entroncamento do teatro tornou-se um verdadeiro salão de festas. O músico Marcus Biancardini abriu as apresentações da noite com sua viola que já deu alguns passeios pelo mundo, numa orquestra de diferentes sons. Dentro do Teatro São Sebastião Pompeu de Pina, o instrumentista Fabiano Chagas fez uma viagem musical através de sua guitarra, em um roteiro que aliou MPB, Jazz e música erudita.

Cinema sonoro

Era só virar a esquina para continuar a maratona de shows do Canto 2015. O Cine Pireneus ainda abriu as portas para os shows da Calango Nego, que fez todo mundo levantar das cadeiras, e da energética Môni-K, show recheado de hits que misturam MPB, jazz, blues e rock. “É essa pluralidade de estilos que faz com que o festival se adeque a diferentes pessoas, inclusive em relação à idade. Tem de tudo um pouco: hip hop, samba, jazz”, apontou o estudante de Engenharia Florestal Humberto Gonçalves.

Enquanto toda a plateia já estava de pé, os sambistas do Cartola de Mussum encerraram a noite de quinta influenciados pelos grandes nomes da música brasileira, a exemplo de Caetano Veloso, Mussum, Paulinho da Viola, Beth Carvalho e Originais do Samba. Ninguém conseguiu ficar parado no Cine Pireneus.

 

 

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