Quando a sociedade reserva uma única data para celebrar a mulher nos sobra a convicção de que aí se comete uma grande injustiça. Afinal, a mulher deve ser festejada todos os dias. A começar pela certeza de que a ela o Criador concedeu o milagre de gerar vidas. Não bastasse isso, deu a ela ainda a capacidade inesgotável de amar sem limites, de transfigurar em forças todas as suas fraquezas e de preservar em nós todo o alento capaz de nos impulsionar pela vida.

A mulher encarna todas as qualidades que atestam o potencial de virtudes de um ser humano quando se torna mãe. E com frequência pode ser vista assumindo o comando de vidas com a determinação e a coragem de um guerreiro singular, capaz de se sacrificar inteiramente na defesa do imenso amor que a maternidade lhe confere.

Mas a sua força transformadora não se restringe apenas a sua capacidade de amar. A mulher é, há algum tempo a timoneira destemida que assumiu a responsabilidade de também lidar, com eficiência e largueza ímpares, a direção dos variados setores da atividade produtiva, escrevendo um  novo capítulo na construção do destino do nosso Estado e nosso País.Tudo isso sem perder de vista  a herança inata de se multiplicar no atendimento das tarefas, de dirigir uma empresa ou exercer um cargo nas diversas esferas governamentais, sem perder a doçura de ser mãe,esposa ou filha.

Para nós, que a amamos – e duvidamos de que haja alguém que nunca amou uma mulher – o grande desafio é o de conferirmos a ela o respeito e a admiração que ela merece, tendo a clareza da importância e essencialidade da sua presença em nossas vidas e superando as limitações que a própria condição humana ainda nos impõe. Temos de enxergá-la tal como ela o é: grandiosa como a vida e generosa como a liberdade.

José Carlos Siqueira – secretário de Estado da Casa Civil