“Nós somos a representação do Estado de Goiás”, afirma Corregedor-Geral da PGE durante palestra aos servidores da Casa Civil

Dr. Antônio Flávio participou de uma conversa nesta terça-feira (7), organizada pelo Comitê Setorial de Compliance Público da Secretaria da Casa Civil do Estado de Goiás, abordando "Ética e Integridade"

"É possível ser bom. Na verdade, é possível ser mais. É possível sermos ótimos". Essa foi uma das mensagens passadas pelo Procurador e Corregedor-Geral da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás e Mestre em Direito e Políticas Públicas pela Universidade Federal de Goiás Dr. Antônio Flávio durante palestra ministrada sobre  "Ética e Integridade" aos servidores da Casa Civil na manhã desta terça-feira (7). O encontro foi realizado de forma virtual e organizado pelo Comitê Setorial de Compliance Público da Secretaria da Casa Civil do Estado de Goiás.

A abertura da palestra foi feita pelo Secretário da Casa Civil do Governo de Goiás, Alan Tavares. O titular da pasta afirmou ser uma honra contar com a presença do Corregedor-Geral e também agradeceu a presença de todos os servidores, que participaram de forma virtual. "Escutem o que o Dr. Antônio Flávio tem a falar que dá certo. Ele foi meu professor e hoje estou aqui. Desejo a todos uma boa exposição", falou o secretário.

O palestrante ressaltou que o serviço público brasileiro recebe muitos julgamentos a respeito da forma como opera, são várias as queixas sobre seus resultados. Diante disso surge a seguinte pergunta: Existe serviço público de qualidade? E o que é necessário para se ter um serviço público de qualidade? “Nós somos a apresentação do Estado de Goiás. Como fazer isso? Sendo o melhor que podemos ser, somos os tijolos que constrói o Estado. Nós somos os donos da maneira de como o estado está agindo”, afirma. 

Para o Corregedor-Geral a qualidade no serviço público constitui um verdadeiro imperativo, principalmente porque os usuários dos serviços estão cada dia mais atentos a seus direitos, exigindo a prática de boas condutas que outrora eram consideradas meros protocolos. “Só temos um adversário, que é nós mesmos. Não é possível ser bom só de manhã e ruim a tarde, não é possível ser bom à tarde e não ser de manhã, não existe ser meio bom”, lembra.

Segundo ele é sempre bom lembrar que, para o público geral, a pessoa que realiza o atendimento representa diretamente a instituição a que está vinculada. Com isso, a boa imagem que se tem de determinado órgão pode ser anulada por um atendimento mal realizado. “Comprometer muito não significa você vai gastar todo o tempo do dia, mas sim que você deva fazer algo com vontade, de todo o coração”. 

Experiências apontam para o fato de que o modelo de gestão voltado para o cidadão resgata o sentido primeiro da ação do governo e ajuda a recuperar a confiança nos serviços públicos oferecidos. Para um atendimento de excelência, é importante preparar nosso servidor ou qualquer agente de serviço para lidar com o público, uma vez que a relação entre quem serve e quem é servido muda a cada instante, seja pelo contexto ou pelo próprio estado de espírito das pessoas envolvidas no processo. Esse planejamento e diretrizes são compliance.

Essa filosofia de excelência no atendimento tem como base a mobilização de todos os atores para promoção das melhorias no setor público, considerando o cidadão-usuário como parte interessada e essencial ao sucesso da gestão. O foco é elevar o padrão dos serviços prestados à sociedade e, ao mesmo tempo, tornar os cidadãos mais exigentes em relação aos seus direitos e à qualidade da prestação desses serviços públicos. 

Por isso, dentro do Programa de Compliance Público do Poder Executivo do Estado de Goiás é necessário incentivar o servidor para adotar novas práticas que implicam mudanças comportamentais. Com uma postura adequada e ética, é possível aperfeiçoar o atendimento e enfatizar características como rapidez, flexibilidade, cordialidade e, sobretudo, imprimir qualidade no trato com o público.

A busca pela qualidade vem ganhando destaque na administração do governador Ronaldo Caiado. O atendimento ao público, bem como suas características e importância é algo que vem recebendo bastante atenção por parte das secretarias, tendo em vista que a qualidade é resultado de um trabalho bem executado. 

O que vemos hoje é uma busca constante por qualificação que contribui efetivamente na melhoria do serviço prestado em Goiás, mas muito mais do que isto, percebe-se nos gestores públicos uma mudança de foco, o foco agora é no foco do cidadão. A criação de mecanismos de comunicação e interação contribuiu com a efetiva aproximação do Estado como usuário dos serviços.

Dando um exemplo da qualidade de como deve ser o ser serviço público, Antônio Flávio ilustrou a situação de quando um servidor público saía de férias. Antigamente, as demandas eram paralisadas até o retorno do funcionário. Hoje isso não é mais aceitável. É preciso manter o funcionamento do Estado de qualidade e cumprindo os princípios da Lei contidos no artigo 37 da Constituição Federal: legalidade (obediência à lei), impressoalidade (não fazer acepção a pessoas), moralidade (valores de aceitação pública), publicidade (ser transparente) e eficiência (fazer o que precisa ser feito, da melhor maneira possível).

Ao fim, Antônio Flávio ressaltou que precisamos colocar nossos conhecimentos em prática, porque é isso que vale. Os servidores passam e o Estado fica. Por isso, vale tentar ser proativo em suas respostas e conseguir surpreender. Além disso, adotar a personalização em suas abordagens é crucial para a construção da identidade do governo. Afinal, o cidadão assimilará aquele atendimento como uma característica da gestão. 

A terceira e última palestra realizada pelo Comitê Setorial de Compliance Público da Secretaria da Casa Civil do Estado de Goiás sobre ética acontecerá do próximo dia 22 de outubro, quinta-feira, às 10h, também de maneira remota, com a participação das servidoras Ismara Estulano e Priscilla Dantas.

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