Presidente da Goiás Turismo fala dos desafios do setor na pandemia na RBC

Fabrício Amaral foi entrevistado nesta segunda-feira no radiojornal O Mundo em Sua Casa

Um dos setores mais impactados pela crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus, o turismo vai amargando o fechamento de atrações, cancelamento de eventos, empresas em dificuldade e alta de desemprego. E o cenário complica ainda mais quando já se sabe que o turismo deve ser uma das atividades que deverão ter a retomada mais lenta.

“O mercado internacional [do turismo] vai demorar em torno de 18 meses ou mais para se recuperar. Então, isso já demonstra para nós que o estado de Goiás vai ser a bola da vez nessa recuperação. A gente acredita nisso pela natureza que tem, pelo posicionamento geográfico e pela [baixa] curva de contaminação, pelo controle que temos feito já há 50 dias”, comentou Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo, em entrevista nesta segunda-feira, 11, ao radiojornal O Mundo em Sua Casa, das rádios RBC FM e Brasil Central AM.

Segundo Amaral, o foco da Goiás Turismo hoje está em apoiar os empresários, com linhas de crédito pela Goiás Fomento e consultorias nas áreas contábil e trabalhista pelo Sebrae. Para o trabalhador, diz Amaral, a responsabilidade maior é do governo federal e nessa área ele acha que o auxílio emergencial de R$ 600 ajuda pouco o setor, já que se resume a três meses de benefício. “Isso nos preocupa porque já há sinais do empresariado de que cerca de 30% a 40% vai fechar as portas”, informou.

Outra preocupação externada pelo presidente da Goiás Turismo aos apresentadores Jerônimo Venâncio e Paulo Henrique Santos é com a chegada da temporada de férias no Rio Araguaia, cultura forte do turismo goiano que também deve ser afetada pela crise do novo vírus. Fabrício Amaral informa que a prefeitura de Aragarças já cancelou sua temporada no rio, caminho que deve ser seguido por outros prefeitos da região.

“A chance de ter a temporada hoje é zero e será uma pena porque no ano passado tivemos sérias restrições orçamentárias e programamos voltar com mais força esse ano, com campanhas, parceria com os Bombeiros e outros órgãos de governo junto às prefeituras. A temporada do Araguaia reúne cerca de dois milhões de pessoas em 30, 40 dias, mas o mais importante é ouvir os prefeitos, porque a festa é local, do ponto de vista de organização”, encerrou o presidente da Goiás Turismo.

ABC Digital

 

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