Viagens via terreste e para locais próximos são tendência no país e no Estado. Com protocolos de prevenção à Covid-19, Goiás Turismo aponta que manutenção dos locais abertos favorece arrecadação estadual e aquecimento da economia

Com máscaras de proteção e muito álcool gel, os goianos (re) descobrem Goiás. As viagens em um raio de 200 a 400 quilômetros estão em plena ascensão no Estado, assim como no Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. O setor aquecido proporciona ganho de circulação de capital, aumento do Produto Interno Bruto (PIB), manutenção e criação de diversos empregos, lista o governador Ronaldo Caiado.

Além desses benefícios, o presidente da Agência Estadual de Turismo de Goiás (Goiás Turismo), Fabrício Amaral, destaca que quando as pessoas conhecem mais seu Estado e país, a sensação de pertencimento, o bairrismo e o amor pela própria terra se tornam mais evidentes. “[Essa maior procura por destinos locais] era algo que já defendíamos e que deve ser tendência até 2022”, projeta o titular da autarquia. 

Ainda de acordo com Fabrício, de março a junho de 2020, primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, o setor sofreu grande trauma com o fechamento de hotéis, pousadas, bares, restaurantes e linhas de transportes. O temor era de que o cenário se estendesse até 2021, porém, nos feriados ao longo de 2020, o turismo começou a reagir. 

Recuperação da economia

Em novembro do ano passado, Goiás teve cerca de mil novas contratações no setor, segundo dados do Observatório do Turismo. Nos últimos três meses de 2020, a economia estadual já indicava uma recuperação com a arrecadação de R$ 11,5 milhões do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), vindos das atividades características do turismo (ACT). Atualmente, os municípios de Pirenópolis, Caldas Novas e da região da Chapada dos Veadeiros estão com reservas cheias até abril, o que mostra uma forte reação do turismo estadual.

E se engana quem pensa que turismo aquecido é sinônimo de aglomeração e desrespeito aos protocolos de segurança. O público tem procurado, em Goiás, locais reservados e com manutenção da higiene. A preocupação também é dos empresários, que não querem correr o risco de fechar. “Temos um empresariado consciente e engajado. Casos isolados não representam o setor”, diz Amaral. 

Tendências

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o país ainda precisa avançar 54,7% para voltar ao patamar de fevereiro de 2020, antes da era Covid-19. Fabrício Amaral conta que está otimista com o potencial atual e futuro de Goiás. Ainda durante a pandemia, o turismo estadual  tende ao crescimento, com novos locais para o ecoturismo, turismo rural, de aventura, náutico e pesca esportiva.

As regiões dos lagos goianos estão entre os principais destinos, com novos empreendimentos que têm atraído o público de todo país. “Após a esperada imunização da população, a tendência é o retorno da normalidade do fluxo de pessoas nos eventos, na moda, no lazer e entretenimento”, ressalta o presidente da Goiás Turismo.

Fotos: Cristiano Borges

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás