Boletim Especial do Observatório do Turismo de Goiás traz levantamos recentes sobre os impactos no setor

O XXIV Boletim Especial, divulgado nesta segunda-feira, 31, pelo Observatório da Goiás Turismo apresenta vários estudos voltados para a compreensão dos impactos da pandemia no setor. Entre os dados, o Boletim traz os números da queda na arrecadação de ICMS, resultante das Atividades Características do Turismo (ACT), nas 10 regiões turísticas de Goiás, de janeiro a julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com a Secretaria da Economia, a diferença na arrecadação de um período para o outro foi de R$22.999.797,12, representando uma queda de 33%.

O documento também divulga o estudo da Organização Mundial de Turismo, denominado “Turismo e COVID-19: A urgência em manter o sustento de milhões e a oportunidade para transformação", além das ações prioritárias para a retomada pós pandemia. A OMT exalta os benefícios do turismo para as comunidades locais e afirma que o setor exerce um impacto transversal na agricultura, construção ou artesanato e, por isso, gera milhões de empregos e oportunidades de negócios. "A  capacidade de tirar as pessoas da pobreza, promover a igualdade de gênero e ajudar a proteger o meio ambiente fez do turismo uma ferramenta vital para alcançar uma mudança positiva nas comunidades em todo o mundo", afirma a Organização. A OMT também apresenta exemplos de governos que apoiam empregos no turismo, preservação da biodiversidade e cultura, e de medidas para uma retomada segura das atividades. Finalmente, a síntese fornece recomendações para tomadas de decisão, com foco no papel da inovação, digitalização, colaboração e sustentabilidade.

O Boletim conclui que o setor se recupera muito lentamente, sendo preciso dar a devida atenção às ACTs e começar essa recuperação pelo estímulo ao turismo interno. Segundo o Observatório, a FGV Projetos estima que o Brasil levará pelo menos um ano para se recuperar na atividade turística. De acordo com o estudo, os ganhos em 2021 com o turismo devem alcançar a marca de R$ 259,4 bilhões, valor 4,2% inferior ao patamar de 2019. A perda total do setor turístico brasileiro será de R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021. Para cobrir essa lacuna, será necessário que o setor cresça em média 16,95% ao ano em 2022 e em 2023, com PIB de, respectivamente, de R$ 303 bilhões e R$ 355 bilhões. 

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