Turismo doméstico deve ser incentivado pós pandemia
Boletim do Observatório do Turismo aponta para novo cenário que pode ajudar na recuperação econômica do país
O XIV Boletim Especial do Observatório do Turismo, da Goiás Turismo, traz novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram uma retração de 54,5% no índice de atividades turísticas no país em abril de 2020, frente ao mês anterior. A queda foi a mais intensa da série histórica (iniciada em janeiro de 2011). Em Goiás, a retração foi de 58,1%. No entanto, o Boletim lembra que, historicamente, o turismo já ajudou países no processo de recuperação econômica, como é o caso, por exemplo, da Europa. O Brasil sendo um país continental, com diferentes cenários, tem muito a ganhar. O turismo doméstico deve ser incentivado no cenário pós-pandemia.
De acordo com o levantamento, Goiás pode sair na frente pela localização e pelas belezas naturais. Vários relatórios de pesquisa indicam que as pessoas darão preferência a destinos mais próximos, menos visitados e em contato com a natureza. Desta maneira, o turismo alternativo, atrelado às boas práticas de responsabilidade social, ambiental e segurança sanitária, aparece como uma das opções mais interessantes para o turista, que busca vivenciar experiências inesquecíveis.
A expectativa é que quando esse período turbulento passar o setor volte a apresentar resultados positivos. Segundo o levantamento recente do Observatório da Federação Brasileira de Bancos, a expectativa das famílias para os próximos meses é otimista. Elas acreditam na recuperação do poder de compra e devem voltar a viajar e, consequentemente, consumir novamente quando sentirem condições adequadas de saúde e segurança em seus destinos turísticos preferidos. O estudo identificou uma elevada taxa de otimismo na opinião pública brasileira bancarizada, ou seja, pessoas com 18 anos ou mais, quanto à recuperação da situação financeira pessoal e familiar, na qual 49% dos respondentes acreditam que suas finanças voltarão ao que eram antes da pandemia, no prazo de até 1 ano. Já 21% deles responderam que essa recuperação se daria em até seis meses. De acordo com o estudo, embora com os hábitos mais caseiros e econômicos, mais da metade dos brasileiros pretende voltar ao patamar de consumo de antes da pandemia ou mesmo aumentar os gastos. A pesquisa realizada pela FEBRABAN foi realizada em todo o país, entre os dias 01 a 03 de julho de 2020, e contou com a participação de 1.000 respondentes. Os resultados reforçam que a pandemia mundial da Covid-19 estabeleceu uma série de mudanças e a percepção de que as mesmas vão permanecer daqui pra frente, de modo a refletir diretamente sobre a dinâmica das nossas decisões financeiras.
O Boletim completo, divulgado pelo Observatório do Turismo pode ser acessado pelo link: