André Abadia da Fonte é um dos cavaleiros mouros. Vestido com roupas vermelhas, ele diz que o esforço de participar do evento é recompensado pela fé. “É cansativo, mas para o Divino Espírito Santo a gente não vê nada. Não vê a hora que o dia passa, a emoção é muito grande”, disse.

Realizado desde 1826 em Pirenópolis, o evento tem como personagens principais os cavaleiros mouros, que usam vestes vermelhas, e os cristãos, de azul. Ao fim dos três dias de batalhas, os mouros perdem e se convertem ao cristianismo.

O cavaleiro cristão Eudes Júnior afirma que se sente privilegiado por participar da tradição na cidade. “Corre no sangue esta emoção de ser um cavaleiro de cavalhada”, afirmou.

Há mais de 40 anos, a aposentada Maria Cardoso, de 73 anos, costura as roupas dos cavaleiros e as peças usadas nos animais. Ela afirma que, pelo fato de parte das vestimentas serem destinadas aos cavalos, é preciso um acabamento com resistência.

“Tem que ser muito bem feito porque senão, vai soltar. É cavalo, é bruto”, explicou.

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