Metrobus aposta na capacitação de motoristas para humanizar transporte coletivo
Durante todos os dias, eles estão por aí, nas ruas da capital. Horas e horas atrás de um volante, conduzindo centenas de vidas. Pessoas a caminho do trabalho, de uma consulta médica ou de qualquer outro compromisso pessoal. Goianienses na luta, perseguindo seus sonhos. Ter tantos destinos nas próprias mãos é o modo como as centenas de motoristas Metrobus Transporte Coletivo, empresa de transporte coletivo do Estado de Goiás, ganham o sustento próprio e de suas famílias.
É no intuito de humanizar o trabalho de seus colaboradores em geral, com capacitação e assistência voltada não só para o ambiente profissional, mas para a melhoria da qualidade de vida de forma global, que a Metrobus promove, até a próxima sexta-feira, dia 1º de novembro, a Semana de Prevenção de Acidentes (Sipat 2019). Nestes dias, os 220 motoristas e demais funcionários estarão no centro das atenções. Estão previstas palestras sobre Segurança no Transporte de Passageiros, Primeiros Socorros, Direção Preventiva e Educação no Trânsito, Alcoolismo e Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Haverá ainda ações de Estética, Beleza e Saúde; realização de testes de glicemia e aferimento de pressão; e ginástica laboral.
Realizada de forma integrada, a Sipat conta ainda com a colaboração de outros órgãos, como Detran, Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Sest/Senat e Indústria Química de Goiás (Iquego). Com objetivo de aproximar a Indústria da comunidade, a atual gestão da Iquego ofereceu cerca de 5 mil testes de glicemia, desde o início do ano, em ações de prevenção e combate ao diabetes. Agnaldo Duarte, que há 10 anos dirige pela Metrobus, se surpreendeu com o seu resultado. “Não era o que esperava. Está um pouquinho alta a glicemia. Agora é correr para o médico”, avaliou. O motorista considera a iniciativa um estímulo para que os servidores se atentem mais à própria saúde. “Estando bem física e psicologicamente, a gente tem disposição de atender melhor nossos clientes. Não é fácil. São muitas horas. A gente tem que ter cautela”, refletiu Agnaldo.
A Sipat é direcionada aos 451 colaboradores da Metrobus, entre operacionais, que atuam no transporte de passageiros na Grande Goiânia, e administrativos. O evento é uma iniciativa da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, presidida por uma das cerca de 50 mulheres em meio a esse ambiente ainda maciçamente masculino. “O objetivo da Sipat é orientar e conscientizar todos colaboradores para a importância da prevenção do acidente de trabalho. Nós temos a obrigação de zelarmos pelo outro e por nós mesmos”, frisou Sílvia Teixeira Gonçalves Nunes. No caso dos motoristas, essa preocupação vai além, em sua análise. “Focamos muito na direção defensiva e segurança dos passageiros, pois o nosso foco maior é o transporte coletivo e, consequentemente, seus usuários, que são nossos principais clientes”, pontuou.
Prevenção e conscientização
Para o presidente da Metrobus, Paulo César Reis, o constante aprimoramento profissional, especialmente dos motoristas, é a chave para alcançar um serviço de melhor qualidade e despertar, cada dia mais, a responsabilidade no trânsito. “Todo mundo precisa ser reciclado, isso faz parte do ser humano. Em todo treinamento, os frutos são colhidos”, refletiu. Paulo reconhece a importância da sintonia que tem encontrado em sua gestão para se alcançar serviços públicos mais eficazes. “Nesta semana teremos essas atividades concentradas em reciclagem, na parte de trânsito, e prevenção, com relação à saúde do trabalhador. Nós da Metrobus estamos nesta parceria com o governo, para a gente evitar muitas coisas desagradáveis que acontecem no dia a dia.”
Antes de construir uma carreira no transporte coletivo, o seu Esron Francisco de Miranda já teve caminhão e chegou a ser gerente de loja de móveis e eletrodomésticos. Muito tempo passou e hoje ele já tem uma trajetória de 20 anos junto à Metrobus. Em um trânsito tenso como o de Goiânia, ele considera importante investir na reciclagem dos conhecimentos de direção defensiva. “Todo tanto que a gente aprende é pouco. E estando bem preparado, o motorista naturalmente atende melhor, né? O cara, muitas vezes, dá estresse, mas nesses cursos aprende a segurar um pouco. Muita coisa que acontece no dia a dia a gente vê nos cursos e aprende a evitar isso”, avaliou. Com tanta “quilometragem”, seu Esron reage com bom humor ao avaliar o motorista goianiense. “Pessoal já aprendeu mais a usar a seta”, brincou.
Fotos: Hegon Corrêa
Secom – Governo de Goiás