9 ônibus quebram por dia devido a falta de manutenção do asfalto da Avenida Anhanguera


LEVANTAMENTO MOSTRA QUE NOS PRIMEIROS SEIS MESES DE 2018, ÔNIBUS DA FROTA DO EIXO PASSARAM PELA MANUTENÇÃO DA EMPRESA APROXIMADAMENTE 270 VEZES, EM CADA MÊS

 

As condições da malha viária no Eixo Anhanguera trazem não só transtornos ao conforto do usuário que todos os dias utiliza os serviços do transporte público, mas também a toda a frota de veículos da Metrobus. Em média, durante a semana, os carros da frota da empresa passam aproximadamente 70 vezes no departamento de manutenção da empresa em decorrência de quebras causadas pelas condições do pavimento asfáltico da Avenida Anhanguera.

O levantamento feito pela Gerência de Manutenção e Frota da Metrobus, considerou apenas correções feitas de quebras recorrentes nos freios, suspensões e pneus estourados de carros que rodam no Eixo, no período entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2018. “Com um asfalto em boas condições de uso, consideramos que essas manutenções seriam reduzidas em até 70%”, afirma o gerente de manutenção da Metrobus, Adélcio Alves.

Para a presidente da companhia Daniela Malaspina, a boa manutenção da via seria fundamental para o maior cumprimento dos horários estabelecidos. “A nossa frota é suficiente para atender a planilha estabelecida pela CMTC. Mas essas quebras causam ‘buracos’ e ‘intervalos’ não previstos que atrasam toda a operação ao longo do dia”

Motorista no Eixo Anhanguera há quase 4 anos, Édio Martins, define a situação como insustentável. “É ruim para todos nós. Existem buracos enormes em pleno centro da cidade. Próximo a Estação Palmito, por exemplo, existem crateras. Não há carro que aguente tanto buraco numa via de 13 quilômetros. Tem buraco em todo o Eixo”, afirma.

De acordo com os contratos de concessão existentes, não é responsabilidade das empresas concessionárias a manutenção viária e asfáltica das vias em que operam. “Desta forma, conforme a Constituição Federal (artigo 30, inciso V) serviços que envolvam as vias públicas de qualquer município são de responsabilidade da Prefeitura”, explica Estênio Primo, assessor-jurídico da Metrobus.

Por isso, a companhia estatal acionou à Justiça para que a Prefeitura de Goiânia passasse a realizar a manutenção da via. “De modo que foi proferida uma decisão liminar no dia 7 de março de 2018 pela 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos, responsabilizando e determinando que a Prefeitura iniciasse a manutenção asfáltica em todo o Eixo”, salienta Primo. “O serviço começou a ser feito, mas foi interrompido devido a um agravo de instrumento utilizado pela Prefeitura de Goiânia”, ressalta Estênio. A decisão agora corre fora do Eixo Anhanguera, na Justiça. “Infelizmente, quem paga o preço são os passageiros e a frota de ônibus que se deteriora andando nas condições de asfalto via exclusiva.”, conclui Estênio.

A boa condição da via no Eixo Anhanguera é imprescindível para a operação dos veículos da Metrobus, evitando a ida dos carros a uma precoce manutenção. “Também é extremamente importante para o conforto do usuário que usa todos os dias o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia”, conclui Daniela Malaspina.

Governo na palma da mão

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