Com informações técnicas, governo busca consenso para combater epidemia

É praticamente impossível você fazer uma política de isolamento remando contra a maré, afirma Ernesto Roller em entrevista à rádio Sagres

O secretário do Governo, Ernesto Roller, em entrevista ao programa Manhã Sagres (Rádio Sagres 730), na manhã desta sexta-feira (15), rebateu o posicionamento do presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, de que o governo estadual estaria “mudando de posição na condução de medidas contra a pandemia”.  De acordo com Roller, Daniel Vilela vem a público com “um discurso vazio e que não traduz a realidade da condução do Governo de Goiás, notadamente, no combate ao coronavírus. Um discurso de ressentimento e de oportunismo político”, disse.

O secretário destaca que o governador Ronaldo Caiado sempre dialoga com os poderes, com os órgãos autônomos e com os diversos setores da sociedade pra buscar soluções. Mas que, num momento como o que estamos vivendo, “é óbvio que não se encontra unanimidade”.  Ernesto Roller esclarece que o que Daniel Vilela chama de “mudança de posicionamento”é, na verdade, avaliação técnica de dados. “O governador tem dados e informações que permitiram a flexibilização do isolamento, no decreto de 19 de abril. Neste momento, estamos assistindo a uma escala de casos no país. E isso conduz a uma nova tomada de posição com relação ao isolamento social. Tudo passa por uma criteriosa avaliação técnica. A pandemia tem seu dinamismo.”

E acrescentou: “A situação é clara. Com o isolamento, Goiás manteve a curva numa condição que permitiu uma flexibilização. Foi possível naquele momento e foi resultado de diálogo. A mesma coisa que o governador está fazendo agora para sensibilizar os prefeitos sobre a necessidade trazida pela nova realidade dos números.” Ernesto Roller lembra que a curva de casos de coronavírus em Goiás está achatada muito em função dos decretos que o governador editou. Diz que o isolamento é preventivo, uma vez que a pandemia trabalha com um tempo diferente: os efeitos das decisões tomadas hoje vão aparecer daqui a 15 dias. “O governador está preocupado com as vidas. O coronavírus está de forma assustadora em alguns estados. E não queremos que Goiás chegue a isso. Goiás está com curva achatada em virtude de medidas adotadas há 60 dias.”

Novo decreto

Sobre o “recuo do governo em editar um novo decreto endurecendo as medidas de isolamento social”, Ernesto Roller explicou que está se buscando um consenso com os prefeitos. “O ambiente de governo é um ambiente político, que exige a participação de diversos atores. Temos de considerar a decisão do STF, que trata da autonomia dos municípios. Se não houver uma parceria (entre Estado e municípios) no modelo de prestação de serviço, é praticamente impossível você fazer uma política de isolamento remando contra a maré. Há diversos prefeitos que não concordam com o isolamento. E não há interesse de estabelecer uma política de confronto e enfretamento. A busca é por salvar vidas. Isso precisa ser um ponto comum. O governador tem toda a capacidade de decidir e decide com obstinação em defesa da vida. Agora, não adianta editar um decreto que vai enfrentar resistência. E isso não significa recuo.”

Oferta de leitos

O governador Ronaldo Caiado lançou a ideia de que os estados poderiam ter maior solidariedade, ao oferecer leitos ociosos de hospitais goianos a pacientes de outras localidade, já prevendo os 200 leitos do Hospital de Campanha de Águas Lindas – que ainda não foi inaugurado. “Essa foi uma manifestação do governador para os estados se ajudarem. Somos uma federação. Na medida em que você tiver disponibilidade de leitos, por que não ajudar quem está em situação de necessidade? É uma questão de solidariedade humana. Nós estamos falando de uma questão de solidariedade entre os estados, para todos os brasileiros.”

Comunicação Setorial Segov

15 de maio de 2020

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