Telemedicina promove inovação e acessibilidade na saúde do Hospital Estadual de Formosa
Cabine de telemedicina da unidade do Governo de Goiás realiza mais de 200 atendimentos mensais desde sua inauguração, oferecendo serviços de alta qualidade à população do Entorno do DF
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a telemedicina pode aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde em até 30%, proporcionando uma melhoria significativa no atendimento à população. Com esse objetivo, o Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), inovou ao instalar um serviço de telemedicina na região.
O serviço começou no dia 29 de abril deste ano, inicialmente funcionando das 10h às 16h. A partir de 27 de maio, o horário de funcionamento foi ampliado para das 7h às 19h, oferecendo maior flexibilidade e acesso aos serviços de saúde. Desde sua implementação, o serviço de telemedicina tem realizado, em média, mais de 200 atendimentos mensais, destacando-se como uma solução eficaz para atender às necessidades da comunidade.
Para proporcionar um atendimento completo e eficiente, a cabine oferece todos os serviços disponibilizados no atendimento presencial. Isso inclui a emissão de receituários, fornecimento de medicações e atestados médicos, garantindo a continuidade do cuidado com a mesma qualidade. Desde sua inauguração no final de abril, mais de 400 pacientes já passaram pelo atendimento.
Um desses atendimentos foi da paciente Débora Ribeiro que, ao chegar na unidade sentindo mal-estar, foi atendida em pouco tempo, mesmo com o hospital com alta demanda. “Passei mal durante a noite e, ao chegar no hospital, foi me ofertado um atendimento diferenciado, no qual conversei com a médica pelo computador. Achei muito positivo, pois fui atendida em menos de uma hora, mesmo com o hospital cheio. Vi muitas pessoas sendo atendidas de forma rápida,” conta a paciente satisfeita.
Como funciona
Os pacientes, ao passarem pela classificação realizada pelo enfermeiro classificador, são divididos como casos não urgentes (cor azul) e pouco urgentes (cor verde), e terão a opção de uma consulta virtual, de acordo com o fluxo estabelecido e os critérios de atendimento. Vale ressaltar que essas condições de saúde são menos complexas, como cervicalgia, lombalgia, mal-estar, dor de cabeça, sintomas gripais, troca de sondas, administração de medicações, urticária/alergias, problemas urinários, diarreia e vômitos.
Ao aceitarem o serviço de telemedicina, são encaminhados à recepção, onde a recepcionista direciona para o serviço virtual, finaliza a ficha e o encaminha para a cabine. O paciente é chamado via painel, conforme procedimento padrão. O atendimento é realizado por chamada de vídeo e o paciente passa por uma consulta padrão com o médico, podendo tirar todas as suas dúvidas sobre seu quadro clínico. Após, se houver necessidade de prescrição, relatórios, atestados, realização de medicação ou qualquer procedimento médico, os pacientes voltam à recepção e são encaminhados para o setor correspondente, caso necessário.
Para a coordenadora do Pronto-Socorro (PS), Ellen Adriane, foi um avanço significativo que permitiu um atendimento mais ágil aos pacientes com a mesma qualidade e humanização. “Com essa inovação, conseguimos diminuir a demora nos atendimentos no pronto-socorro, direcionando os casos menos complexos para a telemedicina, otimizando e melhorando o fluxo de pacientes, beneficiando aqueles que podem ser atendidos com mais rapidez e com a mesma qualidade de um atendimento presencial”, afirma Ellen.
Essa iniciativa do HEF reforça o compromisso do hospital com a inovação e a excelência no atendimento à saúde. A implementação da cabine de telemedicina não apenas melhora a experiência dos pacientes, mas também demonstra uma abordagem proativa na adaptação às novas tecnologias e métodos de cuidado.
Braz Silva (texto e imagem)/Imed