SES qualifica equipes de saúde da Regional Norte para aplicação de prova tuberculínica
Ação realizada em Porangatu reúne profissionais de saúde de 13 municípios, que receberam capacitação prático sobre teste de aplicação e leitura da prova tuberculínica
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou, em fevereiro, dois dias de capacitação prática sobre o teste de aplicação e leitura da prova tuberculínica. O evento, coordenado pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose e Micobactérias não Tuberculosas da secretaria, em parceria com a Regional de Saúde Norte, reuniu profissionais dos 13 municípios da regional, em Porangatu, e teve como objetivo identificar pessoas que entraram em contato com alguém doente por tuberculose e, caso o exame dê positivo, tratá-las preventivamente.
Na oportunidade foi realizado um momento de manejo clínico da Infeção Latente de Tuberculose, que é a continuidade do processo de investigação desses casos. “O tratamento da Infecção Latente de Tuberculose, é quando a pessoa está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas não está doente”, explica o coordenador do programa estadual, Emílio Miranda, que aplicou a capacitação, com apoio da coordenadora de Vigilância em Saúde da Regional Norte, Giselly Soares Egídio.
O treinamento foi dividido em dois momentos. Um sobre aplicação e leitura da prova tuberculínica, com cinco participantes de enfermagem e biomedicina de Porangatu (sede da regional), Minaçu, São Miguel do Araguaia e Mundo Novo. De acordo com Emílio, esses municípios vão se organizar para atender as demais cidades da região, por meio de pactuação. A outra parte, com abordagem do manejo clínico , com todos os 42 participantes, entre biomédicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde de todos os municípios da regional.
Conforme explicou o coordenador, o teste é feito no antebraço esquerdo, com aplicação de uma substância chamada tuberculina. Após as 48 horas, o organismo produz uma reação em que se forma um ponto endurecido. Então, esse ponto é medido com uma pequena régua, em milímetros. Se o resultado for acima de 5 milímetros, é indicação de que a pessoa analisada entrou em contato com o bacilo da tuberculose.
Manejo clínico
Já sobre o manejo clínico, continua Emílio, é a continuidade do processo do treinamento em aplicação e leitura da prova tuberculina. “A gente faz o teste e depois o profissional médico indica o tratamento da infecção latente da tuberculose. Então por isso que a gente tem que fazer o treinamento da prática do teste e depois a gente tem que treinar os profissionais como que eles vão atuar posteriormente a realização do teste”, explica.
Para Emílio, esse treinamento de saúde pública é muito importante, porque visa à prevenção. “O objetivo é prevenir novos adoecimentos de tuberculose, por meio da investigação da infecção latente de tuberculose, que consiste na realização do teste e no manejo clínico dos casos que são positivos”, reforça. A previsão é de que novas capacitação sejam realizadas ainda este ano. “Não há, ainda um cronograma fechado, mas se surgir necessidade em determinada regional, vamos organizar o treinamento e ir até esses locais para realizar a capacitação”, afirma.
José Carlos Araújo/Comunicação Setorial
Foto: SES-GO