SES aponta dificuldades da mobilidade ativa no trânsito do Entorno do Distrito Federal

No 2º Encontro de Mobilidade Urbana, Trânsito e Saúde, secretaria de Goiás alerta para mortes de pedestres e ciclistas em vias brasileiras

Maria de Fátima (c) durante sua abordagem no evento sobre mobilidade, em Águas Lindas

Nos últimos dez anos, cerca de 13 mil ciclistas morreram no Brasil. Em Goiás, no mesmo período, outros 19% das vítimas de trânsito foram pedestres. Com esses e outros tristes números, a coordenadora da Vigilância de Violências e Acidentes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás convocou os participantes do 2º Encontro de Mobilidade Urbana, Trânsito e Saúde da Região do Entorno do Distrito Federal (Emuts) a pensarem como as cidades da região dificultam a mobilidade ativa e, ao mesmo tempo, podem implementar essa mobilidade.

“É importante refletir, por exemplo, como estão as calçadas no município e como as cidades podem implementar ciclovias, planejamento de ruas mais estreitas que não convidam ao excesso de velocidade, acessibilidade”, disse Maria de Fátima, ao mediar painel no evento realizado no dia 31 de julho, na Câmara Municipal de Águas Lindas-GO, com palestra principal sobre a mobilidade ativa e saúde ministrada pelo técnico da Organização Panamericana da Saúde (Opas) Vitor Pavarino.

O encontro, promovido pela SES-GO, Secretaria Geral de Governo, Universidades Federal de Goiás e Estadual de Goiás (UEG e UFG), Secretaria do Entorno do DF e prefeitura de Águas Lindas, também abordou a segurança viária e eletrificação da frota do transporte coletivo, com a participação de profissionais e gestores das cidades de Formosa, Cidade Ocidental, Alexânia, Luziânia e Planaltina. O tema Experiência exitosa relacionada ao trânsito em áreas escolares e projeto desenvolvido em escolas foram expostas pela professora da UFG Cíntia Campos.

Em Goiás, dados preliminares do Sistema de Informação da Mortalidade (SIM) apontam 1.570 óbitos por sinistros de trânsito, no ano passado – 81,4% deles do gênero masculino e 61,5% com idade entre 15 a 49 anos. Ao analisar a série temporal dos óbitos por Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) nos anos entre 2010 a 2023, verifica-se que o número de óbitos esteve ascendente entre os anos de 2012 a 2014 e com o passar dos anos, a média diminuiu, oscilando em alguns anos.

Vigilância epidemiológica
“Esses sinistros sobrecarregam os leitos de urgência e emergência, demandando de longo período de internação e reabilitação, com altos custos, sem dizer o sofrimento imensurável de uma vida perdida em consequência de sinistro de trânsito”, afirma a coordenadora, ao destacar o importante papel da vigilância epidemiológica, que traz à tona o perfil da mortalidade por sinistro de trânsito, os fatores e condutas de risco.

Maria de Fátima lembrou que a SES-GO tem um projeto de cofinanciamento aos municípios para implantação do Programa Vida no Trânsito (PVT), que contemplou 11 municípios em 2023 – três deles do Entorno do DF (Águas Linda, Luziânia e Novo Gama).

O agendamento do segundo encontro para o município de Águas Lindas é resultado das relevantes discussões realizadas no 1º Encontro de Mobilidade Urbana, Trânsito e Saúde da Região do Entorno do DF (Emuts), realizado em maio, em Luziânia- GO. Os dois encontros também são pré-eventos do 8° Fórum Goiano de Mobilidade Urbana e 8º Seminário Saúde Pública e Trânsito, que serão realizados de 18 a 20 de novembro, pela SES-GO, UFG e UEG.

José Carlos Araújo, com informações do Viva da Suvisa/Comunicação Setorial

Foto: Viva/Suvisa

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