Pranchas de comunicação alternativa fortalecem atenção à saúde para pacientes do Ceap-Sol
Através de símbolos gráficos, pacientes atendidos na unidade que possuem dificuldade de fala e escrita podem comunicar seus sentimentos e necessidades à equipe
Para facilitar a interação entre os pacientes e a equipe de cuidados, o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), uma unidade do Governo de Goiás, gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), lançou o Projeto Comunicar para Humanizar – que utiliza estratégicas para assegurar a inclusão de pacientes que possuem dificuldade de fala e escrita, incluindo pranchas de comunicação alternativa, que são materiais impressos que combinam ilustrações com símbolos e palavras escritas.
A diretora-técnica da unidade, Thais Safatle, explica que a iniciativa visa “dar voz” aos pacientes, ampliando o repertório comunicativo, que envolve habilidades de expressão e compreensão. As pranchas auxiliam as pessoas sem fala, sem escrita funcional, em atraso nas habilidades de falar ou escrever, e que estejam em condições de saúde que inviabilizem o uso de fala/escrita.
“Nosso objetivo tem sido melhorar a experiência de atendimento no Ceap-Sol. O uso das pranchas permite que os pacientes consigam se comunicar com a equipe, compartilhando seus sentimentos, dores e necessidades, minimizando seus desconfortos e ansiedades, criando elos entre usuário com profissionais e tornando o processo de recuperação mais humanizado e acolhedor”, reforça a diretora técnica da unidade.
A comunicação alternativa
As pranchas utilizadas pela equipe assistencial da unidade de saúde são confeccionadas em material impresso e plastificadas para viabilizar a higienização. O material combina ilustrações com símbolos e palavras escritas que representam objetos e desenhos do cotidiano, cores, números, letras do alfabeto, expressões e ações, bem como demonstram intensidade/escala de dor, sentimentos/emoções, sensação de mal-estar, espiritualidade, diretiva antecipada de vontade, entre outras, expressões.
“As pranchas de comunicação alternativa são ótimas aliadas para pacientes que realmente não conseguem falar, escrever ou mesmo não conseguem usar os gestos para se expressarem. Elas trazem uma sensação de libertação, proporcionando aos pacientes uma maneira simples de se colocarem e de participarem, mesmo que em poucas palavras, do meio em que estão”, pontua a fonoaudióloga Deborah Honostório Duarte.
Diversas pesquisas mostram que a prancha de comunicação permite estabelecer um vínculo efetivo entre a equipe assistencial e o usuário proporcionando um atendimento acolhedor e humanizado, minimizando o impacto da situação clínica vivida pelo paciente e favorecendo também sua reintegração social.
A comunicação alternativa também é muito importante para pessoas com acometimentos que podem afetar o corpo inteiro. É o caso de situações como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Aline Santos (texto e foto)/ISG